Como escolher o papel transfer: adesivo, inkjet, laser ou sublimático

Por Jimmy Lamb em 30/01/2015

Quando se fala em transferência térmica, o papel transfer desempenha uma função chave nesse processo. E a combinação errada entre o substrato e a tinta pode culminar em verdadeiros desastres. Portanto, para obter resultados de excelência, utilize corretamente esses materiais. A seguir, conheça os papéis transfer, saiba aplicá-los, evite erros e melhore os processos usados por você.

      Saiba mais sobre sublimação:

 

Entenda o processo

O papel não é um componente isolado: ele faz uma combinação (que deve ser apropriada) com a tinta, o perfil de cor e a impressora. E as características desses substratos mudam conforme as particularidades dos demais elementos do processo. Portanto, há uma grande variedade de papéis disponíveis hoje no mercado. A despeito disso, eles podem ser divididos em dois grupos: adesivo e transportador. Veja a seguir as diferenças entre eles.

Papel transfer adesivo (ou aplicações superficiais)

Material que possui uma película adesiva sensível ao calor. Ela recebe a impressão para que, depois, seja aplicada na superfície da peça de roupa, por meio de uma prensa térmica. Trata-se de um processo que “solda” a película à superfície do substrato. Essa é a velha maneira de se fazer transfer. É como aplicar um emblema.

Nesse processo, é essencial que o excesso de papel/adesivo seja cortado de modo que apenas a imagem (e seus contornos) fique na transferência. Assim, uma plotter de recorte é bastante recomendável para qualquer empresa que esteja planejando produzir grandes volumes.

Esses transfers, antigamente, não davam bons resultados de resolução e duração das imagens transferidas. Depois de poucas lavagens, elas começavam a rachar e descascar da camiseta. Mas os materiais atuais dão resultados muito melhores.

Uma das vantagens do transfer adesivo é que ele é branco, então você pode imprimir a imagem (em CMYK), deixando as áreas vazadas na arte, para que a cor de fundo (o branco) do papel surja na transferência.

Observação: nem todos os adesivos trabalham bem com todos os tipos de tecidos. Consulte sempre o fornecedor sobre as características de desemprenho do transfer.

Para cada tipo de impressora, existe uma papel transfer mais adequado

Para cada tipo de impressora, existe uma papel transfer mais adequado

Papel transfer transportador (intermediário)

Esse substrato recebe uma camada de tinta que depois será transferida, por meio de uma prensa térmica, para outro material (geralmente, tecido). Em suma: esse papel serve de intermediário para o transporte da tinta. Ao término do processo, ele é removido e descartado. Os papéis transfer transportadores são classificados em três grupos (cada qual para uma função, e não intercambiáveis): inkjet (a jato de tinta), laser (toner) e sublimático. Veja a seguir a diferença entre eles:

Papel transfer (para impressão) inkjet

Desenvolvido para uso em impressoras a jato de tinta (de mesa, desktop de pequenos formatos). As tintas que vêm nesses equipamentos são fabricadas para papéis de impressão, e não para estamparia de tecidos. Portanto, atente-se a esse detalhe, e empregue as tintas apropriadas para estampar peças têxteis.

Os papéis inkjet geralmente possuem várias camadas. A superior tem a função de “gerenciamento de tinta” e é composta de polímeros microporosos, que recebem e encapsulam a tinta, preservando os pontos que compõem a imagem e protegendo-a contra a umidade. Logo abaixo, ficam as camadas de ligação, compostas por um material termoplástico que promove a adesão da tinta durante a prensagem. Já a próxima camada garante que a tinta e os elementos de ligação sejam desprendidos do papel, de modo que ele possa ser removido e descartado ao término do processo.

Em função dos agentes de ligação contidos no papel inkjet, toda a superfície dele (não somente a área impressa) acaba sendo transferida para a peça de roupa. Isso gera o que é conhecido como “transfer de janela”. Ou seja, no tecido, aparecem traços visíveis de áreas que, na verdade, não foram impressas no papel.

Com peças de roupa brancas, simples ajustes de temperatura, tempo e pressão (na prensa) podem tornar esse efeito imperceptível, mas em roupas coloridas, pode não ser possível elimina-lo. Para evitar que isso ocorra, muitos profissionais cortam o papel transfer, retirando as áreas sem imagem.

Inkjet, sublimático ou laser: procure sempre comprá-los em fornecedores confiáveis

Inkjet, sublimático ou laser: procure sempre comprar papéis de fornecedores confiáveis

Papel transfer (para impressão) laser

Apesar de parecer com o papel inkjet, o laser é bem diferente em relação ao que contém abaixo da camada superficial. Na impressão laser, muito calor é gerado. Esse é um problema para o papel.  Além disso, há diferentes toners no mercado. Razão pela qual recomenda-se fazer testes prévios entre os sistemas de impressão e os papéis, a fim de encontrar a melhor combinação entre eles.

Ao contrário do inkjet, em que a tinta fica encapsulada, a película de toner fica apenas na superfície papel. Mas os agentes de desprendimento (destaque) também são usados.

Assim como o papel inkjet, toda a área (além da imagem) é transferida para o substrato. Mas você pode cortar as áreas em excesso. Alguns fabricantes, no entanto, oferecem um papel especial com o qual apenas a imagem (o toner, na verdade) é transferida, e não a superfície toda.

Papéis toner possuem agentes de ligação quimicamente compatíveis com as fibras do tecido. E eles geralmente funcionam bem para o algodão e misturas de algodão. Eles podem até trabalhar com o poliéster, mas os resultados de cor e vida útil podem não ser os melhores. Sempre verifique isso com o fornecedor do material.

Papel transfer para sublimação

Usado para receber tinta sublimática de impressoras a jato de tinta (inkjet). As propriedades químicas dessa tinta (que é feita de corante) são radicalmente diferentes das pigmentadas. Portanto, o papel é especialmente desenvolvido para o processo de sublimação.

Enquanto a tinta inkjet padrão usa agentes de ligação para que fique retida na superfície do tecido, a tinta sublimática penetra, liga-se e colore as fibras do tecido. Isto é, ela fica impregnada. Portanto, em função dessa particularidade, não é necessário usar agentes de ligação. Assim, o papel para sublimação é composto por uma camada de polímeros combinada com agentes de destaque (release).

Ao contrário dos papéis inkjet e laser, por não ter agentes de ligação, nem toda a superfície do papel sublimática acaba sendo transferida. A tinta sublimática simplesmente transforma-se em gás durante a prensagem, e depois solidifica-se, penetrando nas fibras de polímero do substrato.

Existe um novo papel sublimático, vendido apenas em bobinas, que possui um adesivo muito leve em sua superfície; ideal para prevenir o efeito fantasma (que acontece quando o papel se movimenta na hora da prensagem). Para aqueles que não podem imprimir em materiais em forma de bobina, há uma opção do adesivo em forma de spray.

Vale lembrar que as diversas marcas de papéis sublimáticos usam diferentes receitas de fabricação. Explore as opções no mercado. Não se concentre em custo. Procure produtos que garantam a reprodução de imagens de alta qualidade. E lembre-se: corantes de sublimação trabalham apenas com fibras sintéticas.

Na sublimação, para obter o melhor resultado de cor, utilize papel transfer sublimático

Na sublimação, para obter o melhor resultado de cor, utilize papel transfer sublimático

Na hora de comprar

Quando você for comprar papéis transfer, comece consultando os fornecedores dos equipamentos usados na sua empresa. Eles têm conhecimento para mostrar as melhores opções.

Atenção: alguns papéis podem parecer profissionais, mas não têm essa qualidade. Portanto, concentre-se nas marcas e fornecedores conceituados.

Se você pretende produzir trabalhos de qualidade, não faça economia porca na hora de comprar tintas e papéis transfer.

Dê atenção a todos os elementos da produção (tintas, papéis, impressoras e tecidos) para obter resultados de alta qualidade. E nunca sacrifique a qualidade para economizar alguns poucos centavos. É preciso usar material de alto nível para fazer produtos de alto nível.

 

Sobre o autor: Jimmy Lamb escreve e palestra sobre sublimação e impressão em tecidos mundo afora. Tem mais de 20 anos de experiência no negócio de vestuário e decoração. Atualmente, é o gerente de comunicação na Sawgrass Technologies.
 
Esse artigo técnico foi cedido, com exclusividade, pela Sawgrass ao portal InfoSign, que traduziu e adaptou o texto.
 



InfoSign bate a marca de 1 milhão de leitores

Por Jade Petronilho em 02/10/2018
Mais de 1 milhão de visitantes interagiram com o site desde 2012

Mais de 1 milhão de visitantes interagiram com o site desde 2012

Prestes a completar seis anos, o InfoSign conseguiu atingir a marca de mais de 1 milhão de leitores visitantes (segundo ferramentas independentes) em seu site. Além do know-how de seu fundador, Luiz Ricardo Emanuelli, a aderência do mercado e a colaboração de marcas parceiras foram fundamentais para tamanho sucesso.

Criado em 2012, o InfoSign surgiu para dar conta da demanda urgente por um veículo online de informações relevantes que atendesse os segmentos de impressão digital, sublimação, estamparia têxtil, vinil adesivo, envelopamento de carros, sinalização digital e equipamentos para comunicação visual.

De acordo com o publisher do site, a preocupação com o conteúdo foi uma constante desde o início. “Desde o nosso primeiro post publicado, temos o maior zelo em buscar informações em fontes originais e confiáveis, dentro e fora do país. Mas não só. Fazemos um trabalho bem esmerado de redação, para que as informações cheguem aos leitores de forma simples e objetiva. Relevância e simplicidade são duas qualidades que buscamos sem descanso”, afirmou.

Ao longo desses anos, foram quase 2.500 publicações feitas por especialistas e editadas por Emanuelli, que tem em seu currículo quase 15 anos de experiência em editoração de conteúdo.

Tags: InfoSign,


Agfa anuncia nova impressora Jeti Tauro H2500

Por Luiz Ricardo Emanuelli em 04/05/2017
Jeti Tauro H2500 tem 2,5m de largura

Jeti Tauro H2500 tem 2,5m de largura

A fabricante Agfa apresentou a nova Jeti Tauro H2500, impressora UV LED híbrida de 2,5m de largura, com sistema rolo a rolo integrado que oferece alimentação contínua e automática de mídias flexíveis e rígidas, inclusive papelão ondulado.

Reinhilde Alaert, gerente de produtos da Agfa Graphics, declarou: “Equipada com lâmpadas de LED, a Jeti Tauro H2500 oferece vários benefícios econômicos e ecológicos. Por exemplo, os LEDs geram emissão mínima de calor, o que permite a impressão em mídias finas sensíveis ao calor, como folhas e rolos de estireno. Elas também garantem grande estabilidade na calibração bidirecional e mais tempo de atividade (sem tempo de aquecimento ou resfriamento), além de pouparem energia. Todos esses benefícios aumentam o retorno sobre o investimento”.

A Jeti Tauro H2500 roda com o software de fluxo de trabalho Asanti, da Agfa. Ele otimiza e automatiza as etapas de preparação, produção e acabamento. O aplicativo pode ser integrado ao PrintSphere, solução da Agfa de compartilhamento rápido de dados. O Asanti também pode interagir com a mais nova versão do StoreFront, para o gerenciamento de atividades web-to-print e de lojas on-line.

As tintas originais empregadas na Jeti Tauro H2500 podem imprimir em uma ampla variedade de substratos rígidos e flexíveis. A máquina tem a capacidade de aplicar uma fina camada de tinta nos impressos, o que garante menor consumo de tinta. Isto é possível em função da alta carga de pigmentos das tintas.

Alaert afirma: “Todas as tintas UV da Agfa oferecem desempenho estável, além de proporcionar os mesmos resultados de alta qualidade lote após lote. A nova Jeti Tauro LED também foi desenvolvida para empregar essas tintas, que prolongam a vida útil das imagens e proporcionam excelente resistência à exposição externa e adesão superior, até mesmo em substratos difíceis”.

Fonte: Agfa