Como aplicar vinil adesivo em vidro

Por Eduardo Yamashita em 06/12/2015
Instalar imagens em janelas e vidros exige conhecimento, habilidade e mãos firmes

Instalar imagens em janelas e vidros exige conhecimento, habilidade e mãos firmes

O pré-requisito para qualquer aplicação bem-sucedida de vinis adesivos é conhecer a superfície onde o substrato será aplicado. No caso de vidros, é necessário saber que eles não iguais. Alguns são expostos à luz solar direta durante longos períodos. Outros são revestidos com um substrato, como o silicone, que dificulta a adesão em longo prazo. E alguns vidros são cobertos com filmes de resistência antirreflexo, que sempre dificultam muito a remoção da imagem.

Saiba também que há diferentes tipos de vinis adesivos. Janelas exigem filmes cast em vez de película calandrada. Mais especificamente, as películas perfuradas concebidas para superfícies planas e transparentes são ideais para aplicações em vidro. Trata-se de um substrato com padrão de orifício contínuo para proporcionar uma imagem visível do exterior sem prejudicar a vista de dentro do ambiente.

Diversos fatores influenciam a longevidade das imagens aplicadas em janelas: combinação correta entre filmes, tintas, laminação, formulação da tinta, métodos de secagem, condições de exposição e métodos de manutenção e limpeza.

Evite problemas

Para evitar falhas na instalação, conheça e execute com cuidado as várias etapas de pré-aplicação. A primeira dica é aplicar laminação para aumentar a durabilidade do filme e protegê-lo de poeira, água e sujeira acumuladas.

Como o vinil ficará exposto à luz solar, deve-se evitar usar imagens escuras. Caso contrário, a mídia absorverá mais calor, além de dificultar a capacidade do vidro de “respirar” o calor para fora. Eventualmente, o vidro pode trincar devido à alta temperatura.

Deve-se ter cuidado também com o clima frio. Os fabricantes não recomendam a aplicação de vinis em vidro quando a temperatura for inferior a 5ºC, porque a adesão da película não ocorrerá.

O vinil perfurado permite que a imagem impressa possa ser visualizada de fora do ambiente sem prejudicar a visualização de quem está dentro do estabelecimento

Preparação para a instalação

A primeira etapa da instalação é a limpeza completa da superfície de vidro. Para tanto, deve-se usar álcool isopropílico. Não é recomendado o uso de produtos à base de amoníaco, pois eles criam um filme sobre a janela que afeta o adesivo do vinil e causa bolhas.

Antes de começar a aplicação, dimensione a janela. Corte a película com a forma aproximada da janela antes da espatulação do filme. Meça a imagem para ter certeza de que ela terá uma folga em torno de qualquer junta de borracha. O vinil não deve se sobrepor às molduras da janela, pois perderá a aderência.

Em caso de imagens que fazem uma “ponte” sobre superfícies de metal pintado entre janelas, aplique uma película opaca para as superfícies entre as janelas. Assim, será possível eliminar as inconsistências dos vinis.

Antes de aplicar o vinil é fundamental limpar corretamente toda a superfície que vai receber a mídia

Aplicação do vinil

Os fabricantes não recomendam aplicações úmidas para vinis perfurados, porque a água se acumulará nos buracos, o que vai obscurecer a visão das pessoas que estiverem olhando através da imagem. Portanto, aplicação seca é o único método recomendado.

Para a instalação, vire para baixo o filme no centro da janela e corte a imagem um pouco maior que a superfície a ser adesivada. Use uma fita adesiva de baixo tack, como uma dobradiça, e, em seguida, comece a remover o liner da imagem. Ao aplicar a imagem e cortar uma margem de 3mm a 5mm, elimina-se a necessidade de vedação de borda sobre o contorno da janela.

Em seguida, vire a imagem para baixo e comece a aplicar pressão sobre o filme para criar adesão, removendo o liner aos poucos. Recomenda-se usar uma proteção de baixo atrito na espátula plástica para evitar riscos na imagem.

Depois, comece espatulando no meio da imagem e, depois, de um lado para o outro, continuando o processo a partir do centro. Use traçados sobrepostos da espatulação. Sempre reespatule a imagem.

Se o projeto tiver dois (ou mais) painéis justapostos, recomenda-se refilar cuidadosamente as imagens para que os painéis se unam e formem emendas perfeitas. Faça o refile das imagens antes de iniciar a aplicação. Ao cortar o filme quando ele já estiver na janela, corre-se o risco de avariar permanentemente o vidro.

Se houver bordas e emendas, use um vedador de bordas para evitar que água e contaminantes entrem sob o filme e obstruam a visão interior ou contaminem o adesivo. O vedador deve ser aplicado com cuidado para vedar completamente as bordas e minimizar as distorções causadas pelo selador do lado da visualização da imagem. Use um pincel 1/4 polegadas para aplicar o selador, o que dará mais controle e precisão.

Remoção do vinil

Para remover o vinil sem danificar o vidro, é possível aplicar o método químico ou calor.

O método de remoção por meio do calor emprega pistola, lâmpada ou maçarico. A primeira etapa é aquecer um canto da imagem com muito cuidado para evitar que o material ou a janela esquente muito, o que pode quebrar o vidro. Recomenda-se o uso de estilete ou faca sob o canto para levantar a imagem, mas com cautela para não danificar o vidro. Em seguida, segure a borda levantada e puxe-a para cima em ritmo lento e ângulo inferior a 90º. Mantenha sempre pressão uniforme e aqueça a área de película imediatamente em frente da área a ser removida.

Se o filme for protegido com verniz, use o sistema de remoção química. Mas saiba que esse processo não é tão eficaz em materiais laminados. Recomenda-se usar xilol (xileno) se o adesivo ou a borda selada permanecer depois da remoção do filme. Deixe o xilol absorver no vedador de borda. Em seguida, use um rodo de plástico (espátula plástica) para raspar o resíduo. Repita esse processo até que o vidro esteja limpo. Removedores com base cítrica não inflamáveis também são recomendados para a tarefa.

Entre em contato com o fabricante do vinil antes de aplicar películas em vidros. Alguns não são recomendados, e geralmente não terão garantia.

Sobre o autor: Eduardo Yamashita é consultor técnico especializado em vinis adesivos, envelopamento de carro e comunicação visual

 



Sublimação: como calcular custo, preço, valor e faturamento

Por João Leodonio em 01/05/2018
Saiba como formatar o preço dos seus produtos estampados por sublimação

Saiba como formatar o preço dos seus produtos estampados por sublimação

Será que vendo meu produto sublimado com o mesmo preço do concorrente? Ou cobro mais barato? Faturamento é igual a lucro? Como agregar valor à minha camiseta sublimada e me diferenciar da concorrência?

Muitos empreendedores, sobretudo os novatos, têm muitas dúvidas sobre composição de preços no segmento de impressão sublimática. Mas antes de dar algumas respostas, vamos definir alguns conceitos:

- Custo: é todo o esforço e trabalho empregado para a produção de bens e serviços e divide-se em fixo e variável. O primeiro é todo custo que não varia com a produção, ou seja, está fixado. Exemplos: limpeza, conservação, aluguel, mobiliário e equipamentos. Já o variável é todo custo que varia de acordo com o produto e o volume. Exemplos: caneca, papel impresso, camiseta, entrega, matérias-primas, insumos diretos, embalagens, impostos de venda, mão de obra e fornecedores.

- Preço: é o valor monetário de um bem, serviço ou patrimônio. É composto por custos, despesas e lucro.

- Valor: é criado de acordo com a importância dada por aqueles que adquirem os produtos ou serviços. Exemplo: Quanto você estaria disposto a pagar por um copo de água mineral no deserto? E ao lado de uma nascente de água potável? Independentemente do quanto custou a produção desse copo com água, seu valor será dado pela importância ou necessidade de seu consumo.

- Faturamento: é o montante que a empresa recebe por uma venda do bem ou serviço, ou seja, é o valor total que está impresso na nota fiscal.

Antes de entendermos como chegar à composição de preços, é preciso avaliar o que produzir, para quem vender, quais serão os fornecedores e parceiros, a forma de distribuição e como a concorrência trata o produto ou serviço. Após a fase prévia de produção, deve-se passar para as contas.

Custo fixo

Por trabalhar em casa, muitos acabam não considerando o custo fixo na composição do preço; Mas assim como um imóvel alugado, precisamos valorar o m² da área ocupada e ratear água, luz, telefone e qualquer outra despesa de produção.

Custo variável

É necessário escolher um bom fornecedor de matéria-prima, saber valorar a mão-de-obra envolvida na produção (a própria ou terceirizada), o consumo de energia e o transporte, além de saber negociar desconto para compras maiores, o que ajudará na composição de um preço menor.

Preço

É necessário avaliar todos os rateios de custo fixo, aplicar todos os custos variáveis, lucro esperado, impostos e todos os valores envolvidos na fabricação e distribuição do bem ou serviço. Muitas empresas não consideram os custos de pós-venda e acabam por não dar um atendimento adequado ao cliente após entregar os produtos ou serviços. Assim, não fidelizam a clientela.

Valor

Trata-se de algo a ser estabelecido depois da formatação do preço. Portanto, é preciso muito cuidado para valorar a importância do produto ou serviço. A valoração vai depender da necessidade, local, oferta, demanda e algo muito importante, que é a qualidade final do que se oferece. A qualidade de um produto final (matéria-prima, insumos e controle nos processos de produção) pode fazer com que o valor suba.

Faturamento

Como já explicado, não é ganho, nem lucro. Trata-se apenas do registro dos valores totais das vendas.

Concorrência

Após levantar informações e compor o preço do produtos, você descobre que a concorrência vende mais barato. O que fazer? Quanto mais barato? Vende para o mesmo público? Que matéria-prima utiliza?

Essas são questões que, se respondidas de forma adequada, poderão ajudar a rever o preço de venda ou mantê-lo e investir na valorização do produto, mantendo as margens originais de lucro.

Mas isso é possível num mercado tão concorrido quanto o da sublimação?

Sim, e a cada momento aparece um novo fornecedor. Quase na mesma velocidade, saem do mercado aqueles que ofereceram produtos e serviços de má qualidade. Portanto, se ao formatar um preço, a empresa considerar todos os tópicos tratados acima, possivelmente terá sucesso. Em caso de insucesso, saberá onde errou.

Sugerimos também fazer a alocação dos custos de forma mais coerente possível, usando o sistema R.K.W (um assunto a ser tratado num próximo artigo).

Sobre o autor: João Leodonio atua no segmento gráfico há 10 anos, como gerente de produção e consultor. Tecnólogo em produção gráfica, atuou como palestrante pela Imprensa Oficial, de Angola, e como consultor de processos produtivos. É proprietário da Pari Transfer Sublimático 

 



Agfa lança impressora UV LED Jeti Ceres RTR3200

Por Luiz Ricardo Emanuelli em 17/01/2017
Indicada para imprimir mídias em bobinas, Jeti Ceres RTR3200 tem 3,2m de largura

Indicada para imprimir mídias em bobinas, Jeti Ceres RTR3200 tem 3,2m de largura

A fabricante Agfa anunciou o lançamento da Jeti Ceres RTR3200, impressora rolo a rolo UV LED com 3,2m de largura. Indicada para produção de médias e grandes tiragens, a máquina pode estampar em um ou dois rolos simultaneamente a uma velocidade de 186m²/h.

Em função da cura LED e das tintas UV originais da Agfa, a Jeti Ceres pode imprimir em mídias sensíveis ao calor, o que abre novas oportunidades de negócios e permite reduzir custos. Além disso, a máquina vem equipada com circulação de tinta branca, o que aumenta as possibilidades de impressão sobretudo em mídias backlit e com imagens tanto na frente quanto no verso.

A Jeti Ceres oferece a opção de aplicação de um primer especial. Ou seja, a máquina imprime automaticamente uma fina camada do insumo antes de depositar as tintas. Esse procedimento cria uma camada com a tensão superficial ideal para o recebimento da impressão. Além de evitar retrabalhos, o primer aumenta a produtividade e garante a qualidade das imagens.

O Asanti, software de fluxo de trabalho de grandes formatos, vem incluso no sistema da Jeti Ceres. Com o aplicativo, é possível gerenciar todas as etapas de pré-impressão, produção e acabamento. O Asanti também é compatível com o PrintSphere, serviço em nuvem que padroniza o fluxo de informações entre clientes, colaboradores, departamentos e outras soluções da própria Agfa, o que melhora o compartilhamento de arquivos e aumenta a segurança do fluxo de dados.

Fonte: Agfa