CalderaRIP é atualizado
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 02/07/2024
A desenvolvedora Caldera atualizou seu RIP para a versão 17.3, que apresenta nova compatibilidade de sistema operacional e novos drivers de impressão e corte. Além disso, o upgrade também vem com aperfeiçoamentos que melhoram a experiência do usuário. A versão 17.3 pode ser baixada diretamente do CalderaDock, a interface de gerenciamento de licença e software do Caldera.
Sistema operacional e drivers
A versão 17.3 suporta oficialmente a versão mais recente do Linux Ubuntu, “Noble Numbat” (24.04), que terá desempenho aprimorado para seus usuários.
O Ubuntu Jammy Jellyfish (22.04) permanece compatível com o CalderaRIP, com suporte de longo prazo até 2027.
Além disso, a versão 17.3 inclui mais de 10 novos drivers. Entre eles, o Epson SureColor P20500 e P5300, o Roland VersaOBJECT MO-240, vários modelos Mutoh XpertJet (1682D, 662D e 1462UF) e drivers de corte como o Liyu Platinum Q-Cut, Saga, Secabo e a série Mimaki CFX.
Experiência de usuário aprimorada
Os Hotfolders foram aprimorados. Na versão 17.3, os usuários podem escolher entre uma variedade de novos algoritmos de classificação: mais rápido, preservar a ordem de entrada, numérico crescente ou decrescente ou alfanumérico crescente ou decrescente. Essas opções proporcionam maior flexibilidade no gerenciamento de seus fluxos de trabalho.
Melhorias de processo e produção
Na versão 17.3, os operadores de impressão podem desativar facilmente a impressão multicamadas para economizar tempo e simplificar processos.
Outra melhoria é uma nova marca de orientação triangular que aponta para a borda inferior. Ela ajudará os operadores a economizar tempo no acabamento, especialmente em aplicações que envolvem mídias rígidas.
Além disso, os usuários que lidam com inúmeras predefinições personalizadas podem organizar melhor seus fluxos de trabalho usando um sistema de tags. Esta atualização simplifica o processo de envio de trabalhos, economizando tempo e aumentando sua eficiência.
Fonte: Caldera
Pré-tratamentos para impressão direta em tecidos
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 25/08/2017
A impressão digital está ganhando espaço na indústria têxtil mundial. Apesar de a tradicional sublimação (de transferência com papel) ainda fazer sucesso nesse segmento, os equipamentos de impressão direta estão evoluindo a passos largos.
Quando a impressão digital é realizada diretamente no tecido (com tinta dispersa, ácida, pigmentada ou reativa), o tecido deve receber primeiro um pré-tratamento ou revestimento. A composição química deste tratamento varia de acordo com a tinta utilizada e do tecido, sendo um segredo que cada fabricante usa para diferenciar seu produto. Na maioria dos casos, esse processo é realizado durante a fabricação do tecido – e uma das exceções será tratada neste artigo. No entanto, o usuário final deve entender como funciona esse processo e os impactos dele na qualidade e nas cores estampadas.
Métodos de aplicação do pré-tratamento
Atualmente, há três métodos de aplicação do pré-tratamento. O primeiro, e mais comumente usado, é o “pad-emulsion” (“placa de emulsão”), na qual o tecido é submetido a um banho químico e, posteriormente, passa por cilindros que retiram o excesso do produto. O segundo é um processo que se assemelha ao “pad-emulsion”, mas, em vez de cilindros, faz uso de uma faca ou de uma lâmina dosadora para a retirada da cobertura excessiva. Por fim, o terceiro método é o revestimento aplicado com spray.
A finalidade em todos estes processos é controlar a quantidade dos químicos a fim de manter a consistência da cobertura. A composição do tecido e o tipo de cobertura geralmente ditarão qual método deverá ser utilizado. Lembre-se de que os pré-tratamentos são diferentes; alguns podem afetar a resistência à luz e à lavagem e alguns podem distorcer as estampas e imagens.
Propriedades do pré-tratamento
A finalidade primária do pré-tratamento é evitar que a tinta seque ou migre durante a impressão. O outro propósito é assegurar a adesão tecido do corante ou da tinta. Outra parte do processo diz respeito à adição de químicos que permitem que o tecido passe pelo teste de chama. A química que impede a tinta de migrar também altera a química do material que confere ao tecido uma proteção contra o fogo, o que o dificulta o processo. A maioria dos fabricantes dá ênfase em atingir ou os padrões de 1989 da National Fire Protection Association (NFPA) ou os testes do State of California Fire Code (CAL 19). Alguns dos itens impressos que precisam da resistência ao fogo são displays de PDV, cortinas e blackouts, estofados, atapetados, toalhas de mesa, papéis de parede, carpetes, tendas e alguns vestuários.
É importante salientar que há diferentes tipos de revestimentos. Um revestimento ruim ou inconsistente pode causar falhas provocadas por baixa resistência à luz, lavagem, desgaste e textura e tato (toque). É bom esclarecer e definir o significado de alguns dos termos: “resistência à luz” e “resistência à lavagem” são termos óbvios. Porém, “desgaste” é um termo usado para se referir ao ato de esfregar o tecido até que a tinta saia, quando submetido ao desgaste. A American Association of Textile Chemists and Colorists (AATCC) definiu um teste que pode ser utilizado para determinar o desgaste de um tecido. O “tato” se refere a sentir o tecido entre os dedos e o polegar, sendo que alguns tecidos são naturalmente mais firmes e espessos, enquanto outros, como a seda, são muito macios ao toque. O objetivo do pré-tratamento é evitar que a textura do tecido seja alterada drasticamente.
Outros exemplos de falhas provocadas por aplicação ruim ou incorreta do revestimento são riscos, listras, manchas e cores inconsistentes, que acontecem com mais frequência no pré-tratamento aplicado com spray, apesar destes problemas também aparecerem nos outros métodos. Solicitar uma amostra do tecido para que você possa imprimir e sublimar é sempre uma boa opção. Alguns problemas, como o amarelamento do revestimento, podem não surgir até que o calor seja aplicado. Isso também dá a oportunidade de avaliar a qualidade do pré-tratamento.
Vantagens e desvantagens
O benefício principal da impressão direta em tecidos é a eliminação dos custos do papel de transferência. Não se trata de uma diferença significante, já que o processo de impressão direta pode demandar o uso de mais tinta: entretanto, após um tempo, a economia pode aumentar. Para aplicações específicas, sobretudo de sinalização, bandeiras, banners e luminosos, a grande vantagem é a penetração da tinta no tecido. Na impressão de bandeiras, por exemplo, a tinta penetra no tecido e torna possível ter a mesma cor na frente e atrás da peça. A imagem pode ser distorcida, mas, considerando que bandeiras e banners são vistos à distância, isso não é um problema.
Para aplicações como em artigos de tapeçaria, cortinas e jogos de mesas, em que são necessárias fixação da cor e a alta resistência ao UV, a alta saturação da tinta de impressão direta é um diferencial.
Uma última vantagem a considerar diz respeito à impressão em tecidos que esticam. No processo de transferência em tecidos brancos, a tinta permanece na superfície. Quando o tecido estica, é possível ver uma linha branca. Na impressão direta, a tinta satura mais o tecido e isso diminui muito a probabilidade de surgir ranhuras quando o tecido for esticado.
Contudo, há algumas desvantagens da impressão direta a serem consideradas. Alguns revestimentos podem fazer com que o tecido se torne mais firme e espesso ao toque, o que não é desejável em peças de vestuário. Além disso, há o problema do excesso de tinta. Se o tecido não for devidamente aquecido e seco após a impressão, a tinta em excesso pode migrar, espalhar e manchar o tecido quanto ele for dobrado ou enrolado. Com relação aos tecidos destinados à fabricação de vestuário, o suor também pode fazer o excesso de tinta correr, de modo que a utilização da impressão direta para roupas não é recomendada.
A última desvantagem é o processo em si. A impressão por transferência é mais usual do que a impressão direta. Imprime-se em um papel em vez de fazê-lo no tecido, sendo essa técnica geralmente mais fácil de dominar.
Dicas para obter melhores resultados
O armazenamento e o manuseio são importantes no pré-tratamento têxtil. É recomendado utilizar o rolo de tecido assim que abri-lo. É também importante armazená-lo no saco plástico original, climatizando-o algumas horas antes de submetê-lo à impressora. Ademais, é importante procurar por riscos, ranhuras e marcas de compressão próximos ao fim do rolo.
Controlar a umidade do ambiente em que a impressão será realizada é importante, porque o ambiente seco dificultará a absorção. Além do mais, usar a opção de pós-aquecimento da impressora é uma boa forma de fazer com que a tinta seque o suficiente para que não ela não se espalhe ou manche no momento em que o tecido for enrolado.
Exceções: tinta pigmentada e Kornit
A razão pela qual o revestimento é usado na impressão de tinta pigmentada é aumentar a adesão do insumo ao tecido. A tinta pigmentada não tem aditivos aglutinantes muito fortes, porque o tamanho de suas moléculas são grandes e podem cria problemas nas cabeças de impressão. O pré-tratamento para pigmentos é um trabalho em progresso, e melhorias estão sendo feitas. A indústria está se buscando encontrar a química capaz de ser ejetada pelas cabeças de impressão.
Conforme mencionado no início do artigo, a impressão realizada diretamente no tecido requer que este seja pré-tratado ou receba um revestimento antes de ser submetido à impressora. Há uma outra exceção, que é a impressora rolo a rolo Kornit Allegro, que emprega o processo “fixation to fly”. Com a Kornit Allegro, o pré-tratamento é aplicado como parte do processo de impressão, o que significa que é possível submeter, virtualmente, qualquer tipo de tecido à impressora (incluindo poliéster), aplique o pré-tratamento, imprima e cure o tecido em um único processo - a impressora tem um aquecedor embutido que aplica a tinta ao tecido.
Considerações finais
Cconversei com Tommy Martin (da Mimaki), Scott Fisher (da Fisher Textiles) e Mike Sanders (da Pacific Coast Fabrics), para aprender um pouco mais sobre o assunto e acrescentar comentários deles neste artigo.
Martin notou que para quem usa a nova TX300P-1800, que imprime diretamente em tecidos, o pós-tratamento se mostrou tão importante quanto o pré-tratamento na manutenção da “fofura” do tecido (neste ponto, imagine o algodão) após a impressão. Ele também notou que os revestimentos causam impacto no gerenciamento de cores - outra boa razão para solicitar uma amostra que possa ser impressa e aquecida, para verificar se o revestimento vai amarelar ou não.
Fisher notou que a leva atual das máquinas que imprimem diretamente no tecido estão fazendo uso de tinta dispersa aquosa. Ele acredita que o próximo passo será uma tinta dispersa solvente. Tintas solventes secam mais rápido (e por conta disso reduzem as ranhuras do papel), conferindo maior durabilidade ao produto final. Ele acredita que logo elas terão um papel maior no mercado.
Sanders acha que as tintas pigmentadas (tal como o modelo Kornit Allegro) estarão mais presentes entre indústrias que estampam fibras e composições de tecidos. A pigmentação resistente à luz é um grande diferencial e terá um papel maior na impressão de itens para decoração e vestuário. Ele ainda aponta que os pigmentos melhoraram nos últimos anos e que os poucos obstáculos - sobretudo o desgaste em cores escuras - estão sendo superados. Sanders acredita que o mercado da decoração e do vestuário sofrerão mudanças drásticas uma vez que esse problema seja resolvido.
A impressão digital realizada diretamente no tecido é um mercado em ascensão, que está tomando o lugar da tradicional impressão em vinil. As oportunidades estão aumentando com a abertura de novos mercados (decoração, vestuário, feiras de exposição etc). A tradicional sublimação digital ainda reina no mundo têxtil. Porém, o desejo de imprimir em uma variedade maior de tecidos, este mercado sofrerá reduções e as impressões digitais realizadas diretamente no tecido serão a onda do futuro. Entender o processo, tanto quanto compreender as vantagens e desvantagens, te deixará bem preparado e bem posicionado para enfrentar as mudanças pelas quais passaremos nos próximos anos.
Este artigo foi publicado inicialmente no SGIA Journal e reproduzido pelo InfoSign com a permissão da SGIA (this article first appeared in the SGIA Journal and is reprinted with permissions from the SGIA).
O que você deve saber sobre conteúdo para sinalização digital
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 17/11/2014
Especialista em sinalização digital, Frank Kenna dá dicas fundamentais para quem cria conteúdos a serem veiculados em displays de digital signage. Abaixo estão três questões básicas para ajudá-lo a avaliar a qualidade do conteúdo:
1. Qual é a relevância do conteúdo para os objetivos que você quer atingir?
Muitos administradores de sinalização digital usam conteúdos gratuitos ou de baixo custo disponíveis na internet. Isso pode parecer bom, mas será que realmente vai ajudar a atingir seus objetivos? Não. O que ele faz é ajudar a impulsionar o número de leitores (ver questão 3), mas isso é apenas um dos ingredientes de uma sinalização digital eficaz. Seus objetivos devem direcionar o conteúdo.
2. Você cria e veicula facilmente os conteúdos?
Depois de identificar os seus objetivos, você tem de saber quem vai desenvolver o conteúdo. Alguém precisa criar um material fresco e relevante regularmente. Os administradores precisam de um software que seja fácil de operar e que veicule conteúdos rapidamente.
3. Será que as pessoas estão lendo o conteúdo?
Se não lerem, investigue as razões para isso estar acontecendo. Você precisa escolher um dado importante e se concentrar nele. Se o seu público-alvo for composto por trabalhadores do chão de fábrica, mostre-lhes métricas de produção e outros materiais relevantes. E separe pelo menos 25% do seu conteúdo para coisas que não tenham a ver com o negócio, como notícias, esportes e previsão do tempo.
Responder às três questões acima poderá levá-lo a encontrar um bom caminho para um sistema de sinalização digital eficaz e que realmente funcione.
Fonte: Digital Signage Today
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