Impressão de grande formato: sublimação ou impressão direta em tecidos?
Por Felipe Andrade de Oliveira em 13/05/2015
Está em dúvida entre adquirir uma impressora digital sublimática ou uma solução de impressão de grande formato direta em tecidos? Este artigo mostra variáveis e questões técnicas envolvidas nessa escolha. Antes, porém, é importante frisar que para qualquer projeto a pesquisa é essencial. Aprofunde-se e relacione a verba de investimento da sua empresa com o que seus clientes esperam e precisam.
Com base nessas informações, será possível escolher a melhor ferramenta. Saiba de antemão que os segmentos de moda, decoração e comunicação visual promocional podem se beneficiar de ambas as tecnologias. O tipo de tecido e a intenção do empreendedor devem direcionar a escolha entre sublimação ou impressão direta.
Observação: embora as tecnologias UV e látex de impressão inkjet de grande formato possam estampar tecidos, elas não foram abordadas neste artigo, que também não trata de soluções garment printing, usadas eminentemente para personalizar camisetas.
Impressão digital em tecidos
Em primeiro lugar, saiba distinguir as tecnologias atualmente disponíveis no mercado de estamparia têxtil digital. A mais disseminada até o momento é a sublimática. Porém, a impressão direta vem atingindo novos patamares de uso. Confira:
Sublimação
A sublimação é a passagem direta de uma substância do estado sólido para o gasoso, sem passar pelo estado líquido. O mesmo acontece com a tinta, que é à base d’água: depois de impressa e seca no papel, ela passa para o estado gasoso, sob altas temperatura e a pressão, penetrando nas tramas e urdumes do tecido. Para tanto, é necessário submeter o papel impresso e o substrato a calandras ou prensas.
No entanto, a sublimação restringe-se a estampar apenas tecidos de fibras sintéticas químicas, como poliéster ou poliamida, compostos de 100% desses materiais ou mistos com outras fibras (por exemplo, 60% poliéster e 40% algodão). O interessante é que a base tenha maior número de fibra sintética para que se obtenha maior qualidade de cores.
A impressão sublimática é indicada para birôs e estamparias de moda fashion, moda esportiva, decoração de interiores e comunicação visual (banners e bandeiras).
Impressão direta em tecidos
Em comparação com a sublimação, o processo de impressão direta é mais complexo e caro, já que trabalha com fibras naturais, como a seda e o algodão, as quais precisam de pré-tratamento (para o recebimento da tinta) e pós-tratamento (para melhorar a ancoragem do insumo). Esses procedimentos consomem muita água e demandam maquinário específico, não apenas para o processo de estampagem, mas também para a destinação correta do descarte dos resíduos oriundos da produção.
Para receber a impressão direta, os tecidos devem ser submetidos a pré e pós-tratamentos que melhoram a ancoragem da tinta. Esses procedimentos consomem muita água e demandam maquinário específico para destinar corretamente o descarte dos resíduos oriundos da produção.
É importante levar em conta que algumas matérias-primas de tecido, apesar de renováveis, são caras. A manufatura da seda mulberry, por exemplo, depende da produção de amora, que por sua vez depende do clima. A fruta é alimento do bicho da seda, que construirá seu casulo, para enfim dar origem à fibra da seda. Trata-se de um processo que requer tempo e recursos, o que onera o produto obtido.
Conheça as tintas empregadas na impressão direta, bem como os tecidos e os tratamentos relacionados:
- Pigmentada: estampa algodão ou mistura de algodão com poliéster. Pode exigir pré-tratamento de coating específico e lavagem como pós-tratamento.
- Reativa: estampa tecidos à base de celulose (algodão). Exige pré-tratamento de coating específico. Também necessita de pós-tratamento, isto é, vaporização (para melhorar a ancoragem) e lavagem (de seis a oito, para retirar o excesso).
- Ácida: estampa seda, poliamida, nylon e lã. Precisa de pré-tratamento de coating específico e exige pós-tratamento de vaporização (para melhorar a ancoragem) e lavagem (de seis a oito, para retirar o excesso).
- Dispersa: estampa tecidos de poliéster. Necessita de pré-tratamento de coating específico e pós-tratamento de polimerização (para melhorar e ancoragem) e lavagem (de uma a duas, para retirar o excesso).
Vantagens e desvantagens
Na hora de escolher qual tecnologia adquirir, é fundamental pesar as vantagens e desvantagens de cada uma.
Um dos principais destaques da sublimação certamente é o custo de produção, mais baixo quando comparado ao da impressão direta. Um metro linear de seda pode custar entre 50 e 100 reais. Já o metro de uma base similar de poliéster sai por 5 reais. Além disso, a sublimação é um processo que emprega tinta à base d’água e não requer pré e pós-tratamento, que gastam muita água.
No entanto, a produção de filamentos de polímeros de poliéster e poliamida é prejudicial ao meio ambiente. Isso tem levado o público consumidor a questionar a validade do uso de tecidos sintéticos. Além disso, comparado às bases naturais, o poliéster não proporciona o mesmo conforto quando usado em moda.
Quanto ao processo sublimático, deve-se ainda pesar a questão da climatização da sala de impressão. A maioria das empresas utilizam aparelhos de ar-condicionado para refrigerar o ambiente. Isso implica maior gasto de energia, o que causa impactos tanto no meio ambiente quanto no custo da produção.
Talvez a maior desvantagem da sublimação seja a limitação de estampar apenas tecidos sintéticos. Na contramão, com a impressão direta é possível estampar diversas fibras naturais.
É importante ressaltar que nenhuma composição sintética tem propriedades (toque, maciez e respiração) comparáveis às composições naturais. No entanto, a impressão direta tem a desvantagem de utilizar muita água em tratamentos, maquinários, eliminação dos resíduos, entre outros processos.
Tendências
O futuro é promissor para as duas tecnologias. Quem acompanha o mercado de impressão digital testemunhou a grande ascensão da sublimação nos últimos cinco anos, e estima-se que essa tecnologia cresça por volta de 4% ao ano, tendência que deve se manter até 2025.
Há, no entanto, um aspecto limitador na expansão da sublimação. Ela estampa apenas tecidos de poliéster e poliamida, cuja produção polui o meio ambiente. Além disso, são materiais que demoram para se decompor (cerca de 400 anos). Por isso, fibras naturais e sustentáveis, ainda que mais caras para produzir e imprimir, tendem a ganhar mais espaço.
O maior segmento têxtil do mundo é o de algodão. Trata-se de uma indústria muito forte economicamente e concorrente da indústria de poliéster. No Brasil, são produzidos por ano 700 mil toneladas de algodão e, a partir de 2017, o país terá um incremento estimado em 2,5% ao ano.
Quanto custa?
Estudar e considerar as características de cada tecnologia é parte fundamental na escolha da máquina ideal. E tão importante quanto isso é levar em consideração os custos de aquisição dos equipamentos e dos processos.
Atualmente (maio de 2015), estima-se que uma solução completa de impressão direta gire em torno de 10 milhões de reais. O valor dependerá do tamanho da produção, do espaço físico e das marcas e dos modelos escolhidos de impressora, rama, vaporizadora, polimizadeira, secadora lavadora e outros equipamentos necessários para os tratamentos devidos. A Mimaki comercializa o TX500-1800B, equipamento de impressão direta em tecidos.
Já uma solução completa de sublimação é bem mais acessível. Como base atual, o interessado pode levar em consideração as seguintes estimativas de valores:
- Calandra: R$90.000,00;
- Impressora Mimaki JV300-160: R$120.000,00;
- Papel para sublimação: R$0,90 (1 metro linear);
- Tinta Mimaki SB53 (original): R$265,00 por litro;
- Custos variáveis: funcionários, espaço, luz, água etc.
A Mimaki oferece uma grande linha de impressoras para estampar tecidos, entre as quais estão:
- CJV150-107: indicada para médias tiragens – aproximadamente 5 mil metros lineares por mês. Recomendada para quem está começando e trabalha com impressão localizada, em prensa ou calandra. Possui um módulo de recorte integrado.
- JV150-160: indicada para aproximadamente 7.500 metros lineares por mês. Possui a mesma tecnologia da CJV150-107, porém sem o módulo de recorte e com a largura de saída maior. Faz impressões localizadas ou rolo a rolo.
- JV300-160: indicada para aproximadamente 20 mil metros lineares por mês. Possui duas cabeças e faz 65 e 40 metros lineares por hora, com uma e duas passadas, respectivamente. Há outras configurações de resolução e passadas que reproduzem com mais qualidade.
- TS34-1800: indicada para aproximadamente 13 mil metros lineares por mês. Possui duas cabeças de impressão e é recomendada para impressões de maior qualidade, pois utiliza resolução mínima de 540 x 720dpi e duas passadas, garantindo 25 metros lineares por hora.
- TX500-1800B: indicada para aproximadamente 34 mil metros lineares por mês. Robusta e industrial, é uma máquina que pode receber papel de 180cm, para o mercado de malhas. Dispõe de seis cabeças Ricoh Gen5, em ordem escalonada, o que garante produtividade de até 83 metros lineares por hora, no modo de impressão 300 x 300dpi, em duas passadas.
Calcgraf apresenta novidades na Fespa Brasil 2013
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 26/02/2013
A Calcgraf, fornecedora de softwares de gestão, vai apresentar soluções para os profissionais que trabalham com impressão digital, dados variáveis e grandes formatos. Dentre os destaques estão os Webgraf e GPrint, programas que permitem gerir tarefas de gráficas, birôs e estúdios de impressão.
Com as soluções de gestão da Calcgraf, é possível criar orçamentos de peças e impressos de sinalização e grande formato. Dentre as ferramentas disponíveis nos programas, estão a gestão de cálculo de emendas e de metro quadrado, entre outras.
"Estamos com uma boa expectativa em relação à Fespa Brasil 2013, sobretudo por levarmos ferramentas especialmente desenvolvidas para esses setores, capazes de responder às necessidades de empresas de qualquer porte", declarou Karina Escobar, diretora da Calcgraf.
O estande da Calcgraf é o D06, que fica entre a Rua 1 e Avenida D.
A Fespa Brasil ocorre de 13 a 16 de março, das 13h às 20h (sábado, das 10h às 17h), no Expo Center Norte (Pavilhão Azul), em São Paulo (SP).
Fonte: Calcgraf
Mutoh atualiza a sua linha de plotters de recorte ValueCut
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 15/02/2013
A Mutoh America anunciou novos modelos de plotters de recorte ValueCut, disponíveis em três modelos diferentes, que variam conforme o tamanho do equipamento: 600 (com 60cm de largura máxima do substrato), 1300 (132cm) e 1800 (182cm).
Todos os modelos, lançados no mercado internacional, vêm com um sistema de suporte de bobina, para facilitar o manuseio e controle da mídia. Eles também têm dois anos de garantia, lâmina de reposição, caneta esferográfica e vêm acompanhados do software Sai Flexi.
Os modelos ValueCut 1300 e 1800 incluem cesta para depósito de refugos de mídias, dispositivo que é opcional no modelo 600.
As plotters de recorte ValueCut são indicadas para uso em casas, escritórios ou ambientes profissionais, para a criação de displays, adesivos, etiquetas e sinalização interior e exterior.
O modelo ValueCut 1300 vai ser apresentado pela primeira vez na feira Graphics of the Americas, em Orlando, entre os dias 21 e 23 de fevereiro.
Veja as especificações e recursos das máquinas:
- Lâmina de corte de reposição;
- Caneta esferográfica;
- Manual de operação;
- Software Sai FlexiStarter;
- Suporte de mídia e cesta (opcional no modelo 600);
- Cortador de mídia;
- Pad cortador;
- Dois anos de garantia (no mercado internacional);
- Sistema de suporte de bobina;
- Cesta de suportes de rolo;
- Registro multi-segmento;
Fontes: MyPrintResource e Mutoh America. Texto: InfoSign
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