Os iluminantes: fundamentais no gerenciamento de cores
Por Pedro Gargalaca em 05/12/2012
Neste artigo técnico, há informações sobre os iluminantes CIE usados para o controle e gerenciamento de cores.
Luz e iluminantes
Qualquer luz emite energia nas diferentes faixas de comprimento de onda do espectro visível. Ao resultado gráfico disso, damos o nome de "curva de distribuição de energia espectral dos iluminantes".
O gráfico abaixo mostra a emissão energética da luz do dia (com temperatura de cor de 6500K). O eixo horizontal representa os comprimentos de onda (entre 300 e 820nm). Já o eixo vertical representa a energia relativa espectral. O pico da curva ocorre aos 460nm, na região dos azuis. Ou seja, a aparência dessa luz será azulada. Portanto, os objetos observados sob este iluminante tenderão a parecer mais azulados.
Iluminante e fonte luminosa
Também é importante entender a diferença entre fonte luminosa e iluminante. De acordo com Billmeyer e Saltzman, uma fonte depende de energia para gerar iluminamento. Por exemplo: as lâmpadas que usam energia elétrica. Já um iluminante é definido por sua curva de energia espectral, que não precisa existir necessariamente.
Para a análise das fontes, usa-se um espectroradiômetro (ou um equipamento EyeOne). Os iluminantes são especificados por curvas de energia espectrais teóricas. Assim, podemos desenhar um gráfico, e ele passa a ser um padrão de iluminante.
Índice de Reprodução de Cor (IRC)
Os testes para verificar se uma fonte luminosa se aproxima de um padrão internacional (iluminante) é conhecido como CRI ("Color Rendering Index", ou Índice de Reprodução de Cor, o IRC).
A escala que classifica as fontes luminosas vai de 0 a 100 (o ponto 100 simula a luz do dia, isto é, a visualização do iluminante padrão D65).
A recomendação de algumas normas internacionais, como a ISO 3664, é que este índice seja sempre superior a 90, para que as fontes luminosas sejam confiáveis (para análise e gerenciamento de cores).
Porém, quanto maior o CRI de uma fonte, mais cara ela é: uma lâmpada com CRI acima de 90 custa mais do que uma com CRI inferior a 90.
Saiba que não existe nenhuma fonte luminosa que atinja o valor de CRI igual a 100.
Como os iluminantes afetam a cor
Vamos dar um exemplo: temos uma caixa nas cores preta, azul e verde. Ela fica numa sala com luz vermelha. Nessas condições, aos nossos olhos, vai parecer que a caixa é preta, pois todas as cores dela absorvem a cor vermelha e, portanto, nenhuma luz chega a nós.
Outro fenômeno é a metameria de iluminante. Duas cores parecem iguais quando vistas sob a mesma fonte luminosa, mas se tornam diferentes quando observadas sob outra. Por exemplo: uma cor com três pigmentos (vermelho, azul e amarelo) gerou a seguinte curva de reflectância espectral:
Na produção de um novo lote desta cor, o colorista teve que utilizar um tom alternativo, pois o vermelho que ele usava parou de ser fornecido. O resultado da formulação gerou a seguinte curva de reflectância:
Assim, chegamos a algumas conclusões:
- Quando as duas cores são observadas sob a luz do dia, que ressalta as deficiências de azul, elas ficam com aparência idêntica. Isto se deve ao fato de que as duas curvas de reflectância espectral não possuem diferenças na região do azul;
- Quando as duas cores são observadas sob a fonte de luz CWF, que é a lâmpada fluorescente branca fria, a aparência das duas cores começa a parecer diferente, pois a CWF ressalta os defeitos da região de verde. Como as duas curvas de reflectância já apresentam certa deficiência nesta região, os defeitos ficam mais evidentes;
- Quando estas cores são observadas sob a fonte de luz incandescente, que ressalta as deficiências de vermelho e amarelo, a diferença fica muito perceptível, pois as curvas de reflectância são muito diferentes nesta região do gráfico.
Escolha o iluminante
Qual o iluminante correto para avaliar as cores do impresso? Resposta: aquele que mais se aproxima ao iluminante do local onde o impresso será visto e ficará exposto.
Por exemplo: se o impresso ficar em ambientes externos, escolha iluminantes que representem as variações da luz do dia. Se o impresso for instalado numa loja de departamento, escolha os iluminantes fluorescentes.
Saiba qual é a fonte luminosa (e o seu fabricante) utilizada no ponto de venda. Assim, você pode obter a curva de distribuição espectral da fonte e compará-la com as curvas dos iluminantes padrão CIE.
Outro exemplo: se a fonte utilizada no ponto de venda for a GE Branca Fria, pesquise as curvas de distribuição espectral nos catálogos da General Electric.
O padrão para o iluminante CIE F2 foi baseado numa média de fontes fluorescentes "branca fria" disponíveis no mercado. Comparando as duas curvas de distribuição energética espectral acima, podemos observar que a curva da lâmpada da GE não é igual à curva do iluminante CIE F2. Mas elas são similares.
Se medirmos o CRI da lâmpada da GE, vamos obter algo próximo de 90. Portanto, ao medirmos com o espectrofotômetro usando o iluminante F2, estaremos simulando como o impresso será visto no ponto de venda.
Porém, nem todos os fabricantes permitem acesso às curvas de distribuição espectral de seus produtos. Nesta situação, precisamos saber se as cores produzidas não são metaméricas, e devemos avaliar a reprodução da cor em três iluminantes: D65 (luz do dia), F2 e A (Incandescente).
Se as variações de delta E não forem grandes entre esses três iluminantes, não haverá problemas em qualquer que seja o ambiente onde o impresso será exposto.
Fonte: Coralis. Edição do texto: InfoSign
Impressoras DTG da Ricoh podem rodar com RIP mais potente
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 11/03/2019
A Ricoh, fabricante de impressoras digitais, anunciou que seus equipamentos DTG da marca Anajet passarão a rodar com um novo RIP, o Kothari Print Pro. O software está sendo disponibilizado pela loja on-line da AnaJet para clientes dos Estados Unidos.
Embora todas as impressoras DTG da Ricoh, como a Ri 3000 e a Ri 6000, venham com uma licença gratuita do AnaRIP, os clientes podem optar pelo Kothari Print Pro, que é uma opção premium, com recursos mais avançados.
De acordo com a empresa, o Kothari Print Pro otimiza o uso das tintas ao estampar vestuários pretos, pois emprega um processo patenteado que leva em consideração a cor das peças no processamento das imagens. Ainda segundo a Ricoh, em um teste de impressão executado no modo “White Highlight", o Kothari Print Pro mostrou a redução de custos de tintas em mais de 44% (em comparação ao desempenho do AnaRIP).
O aplicativo também oferece opções para editar diretamente a imagem e oferece mais perfis de impressão, para uma faixa mais ampla de cores e tipos de vestuários.
A Ricoh garante que o Kothari Print Pro fornece detalhes finos e gradações mais sutis de cores, o que produz impressões mais ricas, brilhantes e precisas.
Fonte: Ricoh Anajet
Drytac lança mídia para adesivação de pisos
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 25/05/2017
A Drytac, fabricante de mídias para comunicação visual, anunciou no mercado internacional o lançamento da SpotOn Floor 200, película para adesivação em pisos.
Trata-se de um vinil adesivo com frontal de PVC monomérico branco fosco de 200μ. Compatível com impressão digital, a mídia é indicada para aplicações de curto prazo em superfícies como pisos e ladrilhos cerâmicos, madeira, mármore, entre outras.
Com adesivo de poliacrilato, a mídia possui propriedade antiderrapante que obedece a norma DIN 51130: 2010, além de não exigir laminação.
Steve Broad, diretor da Drytac Europe, declarou: “O SpotOn Floor 200 foi desenvolvido especificamente para aplicações de curto prazo em ambientes fechados. É rentável, simples de imprimir e aplicar, e pode ser removido rapidamente. Não precisa laminá-lo, o que realmente ajuda a diminuir o custo de produção”.
Fonte: Drytac
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