Diferenças entre as tintas usadas em superfícies a serem adesivadas
Por Eduardo Yamashita em 03/04/2015
A superfície é adequada? Esse é um questionamento constante na prática da adesivação em paredes. Sabemos que a superfície deve ser pintada e estar lisa e livre de imperfeições. Mas qual tinta é recomendada para as superfícies que receberão vinil autoadesivo? Para responder isso, torna-se necessário conhecer as opções, para poder argumentar com os profissionais da área civil, responsáveis por realizar o trabalho adequado.
Há uma grande quantidade de tipos de tintas para aplicação em paredes, com exposição interna ou externa. As possibilidades e variações podem ser desconcertantes para o consumidor e deixa muitas dúvidas na hora de comprar esses produtos.
Como há grande variedade de opções, é importante que o profissional saiba diferenças básicas entre os grandes grupos de tintas. Tenha em mente que não existe uma tinta ideal para todas as superfícies e usos. A escolha do produto adequado é essencial para garantir o bom acabamento e a durabilidade da pintura. Inicialmente, é preciso entender alguns conceitos sobre tintas.
Definição
As tintas fazem parte de uma família de produtos usados para proteger e dar cor a objetos ou superfícies, cobrindo-os com uma cobertura pigmentada.
Muito comum, a tinta pode ser aplicada em praticamente qualquer tipo de objeto. O insumo é usado para produzir arte ou na indústria, em pintura de automóveis, equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos. Também serve para a construção civil, em paredes interiores e superfícies exteriores, e para proteger contra ferrugem.
Trata-se de uma mistura devidamente estabilizada de pigmentos e cargas em uma resina, formando uma película sólida, fosca ou brilhante, com a finalidade de proteger e embelezar. A tinta é uma preparação, geralmente na forma líquida, cuja finalidade é a de revestir dada superfície.
Se a tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz. Por ter pigmentos, a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente.
Composição da Tinta
Os elementos que compõem a tinta líquida são resina, pigmento, solvente e aditivo.
Resina: parte não volátil da tinta que serve para aglomerar as partículas de pigmentos. É responsável pela transformação do produto, do estado líquido para o sólido, convertendo-o em película. As resinas são responsáveis pelas propriedades físico-químicas da tinta, determinando, inclusive, o uso do produto e sua secagem. A resina é a parte da tinta que solidifica para formar a película de tinta seca.
Pigmento: material sólido finamente dividido e insolúvel. É utilizado para dar cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. Os pigmentos são divididos em ativos (que conferem cor/opacidade) e inertes (que conferem certas propriedades, como diminuição de brilho e maior consistência).
Aditivo: proporciona características especiais às tintas. Os aditivos são utilizados para auxiliar nas diversas fases de fabricação e conferir características necessárias à aplicação. São empregados para auxiliar na secagem da tinta.
Solvente: líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado na diluição de tintas e correlatos. Os solventes são classificados em ativos ou verdadeiros, latentes e inativos. O diluente auxilia no ajuste da viscosidade e atua como veículo dos demais componentes, podendo, se dosado adequadamente, facilitar a aplicação das tintas.
Grandes grupos de tintas
Veja a seguir as principais aplicações, para esclarecer como a diferenciação entre os produtos ocorre.
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Látex ou PVA
O látex é, talvez, a tinta mais comum nos interiores das residências. O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o acetato de polivinila. O látex tem uma base solúvel em água, o que facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus pincéis e rolos apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro revestimento, basta lavar com água.
A pintura em látex PVA é adequada para a parte interna das residências, que podem ser limpas apenas com um pano úmido. O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca rapidamente e o odor típico de pintura é mínimo. Porém, o produto não é adequado para áreas molhadas e para recobrimentos de acabamento em alto brilho, como um corrimão, por exemplo. As superfícies pintadas com látex PVA também são mais difíceis de limpar.
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Acrílica
De forma geral, a tinta acrílica tem aspecto muito similar ao da látex. Também é solúvel em água e seca rapidamente. A diferença é que sua fórmula contém resinas acrílicas, o que proporciona ao produto alta impermeabilidade depois de aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas.
A impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa, como cozinha e lavabo. As tintas acrílicas podem ser lavadas. O acabamento superficial tende a ser mais brilhante que o da látex, ainda que exista a versão fosca. Portanto, na hora de comprar, preste atenção para garantir o tipo de acabamento final desejado. Outro fator importante é o custo. A tinta acrílica tende a ser mais cara que a látex.
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Esmalte
Ao contrário dos exemplos anteriores, o esmalte é um tipo de tinta que não é solúvel em água, por possuir a chamada "base a óleo", material que compunha sua fórmula antigamente. Atualmente, outros produtos sintéticos compõem a base mais comum para esse tipo de acabamento.
A tinta esmalte é recomendada para superfícies de ferro ou madeira. Assim, janelas, corrimãos e estruturas metálicas leves terão um acabamento melhor e mais durável se pintados com tinta esmalte. Embora a madeira possa receber vários tipos de acabamentos, portas feitas desse material são tradicionalmente pintadas com esmalte, por conta do alto nível de manuseio, visto que o esmalte permite a lavagem dessa superfície.
A pintura com tinta esmalte é bastante peculiar. Possui alto brilho, embora exista a versão fosca. Seu acabamento dá sensação de uma película formada sobre a superfície e não é muito adequada para o uso direto na parede, porque, dependendo da aplicação, podem surgir bolhas ou descascamento. O custo dessa tinta é mais alto, por conta de seu uso mais específico.
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Epóxi e de poliuretano
Sintéticas e não solúveis em água, elas têm usos específicos, como em pintura de caixas-d’água. Existem fórmulas para aplicação em pisos, mas dependem de mão de obra altamente especializada.
As tintas epóxi e de poliuretano são geralmente diluídas em solvente específico e possuem catalizadores para auxiliar no processo de pintura. Elas devem ser aplicadas sempre por mão de obra que conheça o material e os processos, para evitar falhas comuns, como formação de bolhas, descolamento da camada de tinta e acabamento ruim.
Por se tratar de tintas específicas para aplicação em áreas molhadas, como piscinas e caixas d’água, podem ser uma excelente opção para banheiros, boxes e cozinhas, desde que harmonizadas corretamente com os outros revestimentos.
Além dos citados acima, existem muitos outros tipos de tinta. Há insumos feitos de cal e produtos de efeito, como tintas magnetizadas, do tipo lousa e para piso. Existem também as massas e texturas de muitas naturezas diferentes, além dos vernizes e fundos preparadores específicos para superfícies diversas (como para galvanizados ou gesso).
Dependendo do que se quer pintar, é necessária a aplicação de vários produtos. Esse processo de pintura é chamado de "sistema". Não se trata de uma pintura simples como nos exemplos acima. Para pintura em superfície que pareça mais complexa, é recomendado um pintor muito experiente para indicar o sistema mais adequado.
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Cal
É uma opção de tinta muito barata e de fácil aplicação, mas não é lavável, usada em muros e exteriores. O acabamento das paredes caiadas não é tão rebuscado. Mas dá um ar rústico de pintura e cumpre o papel de proteger a parede. Pode-se misturar pigmentos naturais ou até de fábrica para embelezar a pintura.
O tripé da boa pintura
Para o sucesso na pintura, é preciso cuidar bem de três aspectos:
- preparação da superfície a ser pintada;
- escolha da tinta e de produtos complementares;
- utilização de técnicas corretas para aplicação dos produtos.
Tintas de custo baixo
Cuidado com tintas baratas, pois sua aplicação pode ser mais difícil do que a de uma tinta de boa qualidade. Isto é, terão de ser dadas mais demãos, além de usar pouca diluição para produzir resultado similar. Tanto nas paredes internas como nas externas, vale gastar um pouco mais e comprar uma tinta de qualidade, pois seu rendimento também compensa.
O importante, além de conhecer o básico sobre as tintas, é escolher bons profissionais de pintura para fazer o trabalho com qualidade, o que evitará retrabalhos nas aplicações de vinis adesivos.
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Sobre o autor: Eduardo Yamashita é consultor técnico especializado em vinis adesivos, envelopamento de carro e comunicação visual
Chips da Intel vão compor sistemas digitais da AVT, voltados para o PDV
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 15/01/2013
A norte-americana AVT, desenvolvedora de tecnologias digitais para o varejo, anunciou que vai integrar dispositivos da Intel aos seus sistemas. A ideia é criar soluções digitais cada vez mais interativas nos pontos de venda. "Estes novos sistemas contarão com uma série de opções, incluindo recursos sensíveis ao toque, sistemas de pagamento online e compras personalizadas", revelou Shannon Illingworth, fundador e presidente da AVT.
Conhecida por automatizar uma série de serviços típicos do varejo, a AVT produz sistemas que incluem opções de vendas inteligentes, controle de estoques e personalização que se adaptam aos mais variados estabelecimentos, incluindo farmácias, cafés, restaurantes e locadoras.
Nesta parceria selada entre as marcas, a Intel fica responsável pela produção dos chips de computador compatíveis com este sistema. "Estamos orgulhosos por utilizar produtos da Intel dentro das tecnologias projetadas por nós", afirmou Illingworth.
"À medida que continuamos a desenvolver novos sistemas que vão definir o futuro do varejo, confiaremos em empresas de peso, como a Intel, para criarmos produtos de excelente qualidade — e com o pé no futuro", concluiu o fundador da AVT.
A Intel, aliás, produziu recentemente um vídeo (em inglês) que mostra como será o futuro das vendas inteligentes no varejo:
Fontes: DSC e Intel. Edição texto: InfoSign
Bordeaux passa a vender as novas tintas New Vivid
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 03/06/2013
Bordeaux Printink Digital, fabricante de insumos para impressoras digitais, apresenta a Vivid Magenta (VM), uma série de tintas à base de solventes leve e médio.
Segundo a empresa, a novidade possui tons de vermelho e laranja mais acentuados, naturais e vibrantes — podendo ser usada para impressão em aplicações indoor ou outdoor.
Assim como as tintas ecossolventes da Bordeaux, a Vivid Magenta é compatível com várias impressoras e cabeças de impressão. A novidade está disponível em garrafas de 1L, cartucho de 440ml ou bag de 1L.
Fonte: Bordeaux
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