Impressão direta em camisetas: saiba como controlar as variáveis do processo
Por John Albrecht em 22/07/2016

A impressão direta em camiseta, conhecida como DTG (Direct-To-Garment), possibilita a personalização de estampas em tecidos claros e escuros
Talvez você esteja pesquisando sobre impressão direta em camisetas (DTG , Direct-To-Garment) ou procurando um novo método de produzir imagens, reduzir despesas e aumentar os trabalhos. Ou talvez precise de um processo que reproduza maior gama de cores. Se você se encaixa em alguma das possibilidades acima, está na hora de saber mais sobre as impressoras DTG. A seguir, conheça os principais tópicos relacionados à produção dessas máquinas.
Qualidade
Você decidiu que a impressão DTG é para você. Ela pode ser um complemento para a serigrafia. Pode ser usada em produções de larga escala e personalização via comércio eletrônico. Pode também ser uma ótima solução para lojas que ofereçam reprodução de fotos de família em camisetas. Em todos os casos, para obter qualidade de impressão, é preciso levar em conta a qualidade do pré-tratamento, do ambiente e do tipo de camisa que será estampada.
Pré-tratamento
Há dois métodos de pré-tratamento: inline e offline. O processo offline requer um operador para aplicar o pré-tratamento à camiseta, secá-la e carregá-la na impressora. Você pode espirrar o spray manualmente, na prensa térmica (o mais comum) ou transferi-lo por meio de papel. Cada método tem vantagens em relação a custo e/ou consistência. O pré-tratamento offline é geralmente aplicado ao usar tinta branca. Camisetas brancas ou claras podem ou não exigir o pré-tratamento.
O spray deve ser pulverizado na quantidade adequada. Em seguida, você deve determinar se o pré-tratamento será aplicado apenas no local da estampa ou em toda a camiseta. Para o pré-tratamento, considere:
- Você pode escolher prensar o pré-tratamento (de 30 a 45 segundos) ou curar por meio de um transportador. Se o pré-tratamento não for uniforme ou estiver ausente na área de impressão, o resultado será comprometido. A economia de espaço e o custo mais baixo são as vantagens de usar a prensa térmica. No entanto, o transportador aumenta a produtividade.
- Caso outro departamento da empresa faça o pré-tratamento antecipadamente, será necessário que toda a área de imagem das camisas seja pré-tratada. Isso pode economizar tempo na impressão, mas o custo aumentará em função do tratamento de uma área maior. No entanto, esse processo permite que apenas um operador carregue e cure, o que aumenta a produtividade. O pré-tratamento offline requer mais trabalho manual que o inline.
- O custo do pré-tratamento varia de acordo com o produto (camiseta estampada). Além disso, você terá de explicar ao cliente que o contorno quadrado que aparece na camiseta depois da prensagem desaparece após a primeira lavagem.

Antes de investir em uma solução DTG, é fundamental estudar a melhor opção de pré-tratamento (inline ou offline)
O tratamento inline ocorre na impressora. O processo permite ao operador inserir a camisa diretamente na máquina, que realiza tanto o pré-tratamento quanto a impressão. É importante que o spray seja borrifado uniformemente e que a quantidade dele seja determinada com base no tamanho e no tipo de camiseta. Considere:
- O processo inline exige que a área pré-tratada na camiseta seja ligeiramente maior do que a imagem. Para manter o registro, não mude a posição da camiseta. O software incorpora a área de pré-tratamento com a arte.
- Não há necessidade de contratar mais pessoal para o pré-tratamento inline.
- O custo de pré-tratar diminui de acordo com o tamanho da área tratada. O material de pré-tratamento inline evapora totalmente no processo de cura, e não precisa lavar. No entanto, leve em conta a instalação de um secador de maior capacidade de evaporar o pré-tratamento e a tinta após a impressão.
Ambiente de trabalho
A umidade tem papel importante na consistência da impressão DTG, e uma porcentagem de 45% a 70% deve ser mantida para obter resultados de qualidade. Para tanto, instale a impressora DTG em uma sala controlada e com umidificadores. A umidade afeta ainda mais as impressoras com cabeças que disparam gotas de tinta menores (menor picolitro). Leve em consideração outros fatores, como a filtragem e a temperatura do ambiente.
A temperatura também influencia no disparo de tintas. A tinta é à base d’água e não pode variar durante a impressão. Impressoras DTG também terão problema de qualidade quando as temperaturas na área de trabalho ficam acima de 90ºC.
A limpeza do ambiente também é fundamental. Há centenas – e mesmo milhares – de nozzles por cabeça de impressão nessas máquinas. Fiapos, cola, sujeira e outros contaminantes ambientais afetam muito a qualidade do processo. Mantenha as impressoras longe de portas e áreas sujas e de alto tráfego. Alguns fabricantes sugerem substituir as cabeças anualmente, enquanto há cabeças duram cinco anos ou mais. De qualquer forma, não deixe que o ambiente sujo prejudique a produção.
Características da camiseta
A qualidade de absorção da camiseta afeta o pré-tratamento e o brilho da cor impressa. O pré-tratamento ajuda a manter a cor da tinta sobre as fibras do tecido. Saiba que a taxa de absorção varia de acordo com a marca e o fabricante de camiseta. Para controlar essa variável, é aconselhável ter poucos fornecedores e lidar com parâmetros bem definidos.
Algumas camisetas vão precisar de mais pré-tratamento. Você poupará tempo e dinheiro ao determinar isso antecipadamente. Verifique com seus fornecedores as configurações adequadas de pré-tratamento.
As características do tecido também devem ser levadas em consideração. Alguns tipos de camisetas possuem superfícies com fibras mais apertadas para a tinta digital ancorar. Se você não ajustar os parâmetros de pré-tratamento com base nos tecidos, a qualidade e o brilho poderão variar.

Conheça o tipo de tecido das camisetas. A qualidade dele terá influência direta nos processos de pré-tratamento, cura e impressão
Você também deve considerar o poliéster da camiseta. Algumas máquinas DTG podem produzir impressões apenas aceitáveis em poliéster branco. Você encontrará desafios parecidos em impressão de camisetas de poliéster escuro. A migração da cor continua sendo o problema.
Fabricantes de tinta serigráfica têm perseguido essa migração, acrescentando alvejantes à tinta branca. Já as tintas digitais brancas não têm bloqueadores. A única maneira de contornar esse problema, até certo ponto, é utilizar um processo que cure a tinta a uma temperatura muito baixa, enquanto tenta manter a lavabilidade. Alguns fabricantes de impressoras DTG tiveram sucesso limitado com poliéster escuro, embora, sob o ponto de vista da produtividade ainda existam melhorias a serem feitas.
Também leve em conta a descargabilidade, que é um recurso oferecido por algumas impressoras DTG. Trata-se de uma descarga de tinta para obter cores brilhantes em camisetas escuras de algodão com toque zero.
Retorno do investimento
Para que o empresário saiba se terá lucro com a impressora DTG que comprar, deve considerar os custos de consumíveis, trabalho e processo. Além disso, é preciso conhecer o mercado (preço, volume e ajustes de processo). Esses fatores têm grande relevância para obter o retorno do investimento.
Consumíveis
Você terá de dominar os custos de tinta e de pré-tratamento, o que pode ser um pouco complicado. Preços de tinta variam de acordo com o fabricante. O pré-tratamento pode não ter custo (em uma camisa branca ou de cor clara, dependendo da aparência desejada) ou pode custar mais de um dólar por camiseta escura impressa com tinta branca.
Cada fornecedor tem sua maneira de determinar o uso de tinta e de resíduos. Alguns têm softwares que estimam o valor com base no tamanho da imagem, enquanto outros medem o número de gotas de tinta disparada. Certifique-se também de que o custo de resíduos de tinta entre nessa equação.
Custos
O operador de uma impressora DTG tem de lidar com pré-tratamento, cura do pré-tratamento, carregamento da camiseta e com a impressão, até a cura da tinta. Isso é especialmente verdadeiro se você usar prensa térmica para o pré-tratamento offline. Já no pré-tratamento inline, o operador insere a camiseta na máquina e, em seguida, realiza outras funções. Leve em conta os custos desses processos para determinar o retorno do investimento.
Uma pessoa sozinha pode estar apta a rodar vários equipamentos e produzir centenas de camisetas por hora, em um sistema de pré-tratamento inline.

Avalie e controle os custos de equipamentos, consumíveis e mão de obra: fundamentais para obter o retorno do investimento nas soluções de impressão direta em camisetas
O espaço para equipamentos e secadores também deve ser planejado. Com o pré-tratamento inline, é necessário um secador para a evaporação, que vai demandar mais energia elétrica. A prensa térmica é suficiente para curar o pré-tratamento offline.
Fórmulas de retorno de investimento variam muito. Uma impressora pode ser mais barata, mas terá custos mais elevados de operação. Outra máquina pode ser mais cara, mas custará menos para mantê-la.
O dilema para os potenciais compradores de impressoras DTG é não ter volume suficiente para pagar uma máquina de custo mais elevado, ou ter muito volume e arcar com os altos custos de consumíveis, além da mão de obra. Uma possível solução é terceirizar serviços de estamparia digital até que os volumes justifiquem entrar no mercado.
Público-alvo
A estrutura de preço do mercado molda a rentabilidade da impressora DTG. Nas vendas de serigrafia tradicional, quanto maior for a tiragem a imprimir, menor será o preço por camiseta. Uma vez que o trabalho é ajustado para produção, poucos custos são acrescentados à impressão.
Com a DTG é diferente. Por essa razão, as tiragens de larga escala geralmente não são recomendadas para máquinas DTG.
Cabe a cada empresa se diferenciar e atuar em segmentos que podem ser atendidos com impressoras DTG, que são ideais para personalização, curto prazo e produções de pequenas tiragens.
Muitas empresas usam a DTG para atender aos segmentos mais tradicionais e adicionam a tecnologia à produção serigráfica.
Suporte técnico
Você gostou da qualidade da impressora DTG e tem mercado para justificar o investimento da máquina. Nessa hora, é fundamental que se pergunte sobre a assistência técnica. Escolha um fornecedor que tenha boa reputação.
Ao considerar um fornecedor, pesquise sobre o histórico da empresa. Conheça os técnicos que prestarão serviço. Veja se o fornecedor está na vanguarda do mercado.
Certifique-se de que o fornecedor investe em tecnologia e usa recursos para ajudar os clientes. Certifique-se de que tanto o fabricante quanto o fornecedor estão trabalhando em conjunto (se forem empresas diferentes).
Você não quer apenas receber uma "caixa" e ler um manual com os detalhes sobre funcionamento de softwares, peças, fluxo de trabalho, preparação de arte, materiais, pré-tratamento etc.
A experiência técnica também é importante. Por ser uma nova indústria, alguns fornecedores usam tecnologias genéricas e inserem-nas em máquinas DTG. Certifique-se de que você será servido por técnicos especializados e que você terá acesso a um suporte que ajude no funcionamento da máquina.
O mercado de DTG está sempre mudando, e é necessário contar com um fornecedor que inove. Não é um mercado fácil, embora possa ser lucrativo. Você precisa de um fornecedor que compreenda a indústria de estamparia têxtil e que está investindo em pesquisa e desenvolvimento. Portanto, selecione o fornecedor certo e tenha mais chances de ser bem-sucedido.
No mercado de impressão digital direta em tecido, muitas inovações acontecem com frequência: novas tintas, menores custos de impressão, velocidades mais elevadas de produção, maior qualidade, maior versatilidade de substratos, cores mais brilhantes, novas opções de cores e fluxos de trabalho mais sofisticados. Não fique para trás. Ao controlar e otimizar as variáveis do processo, você também pode fazer parte da revolução DTG.

Sobre o autor: John Albrecht (jalbrecht1@earthlink.net) tem 30 anos na indústria de estamparia têxtil. Atualmente, faz parte da direção de vendas da Kornit. Há muito tempo é voluntário da SGIA
Este artigo foi publicado inicialmente no SGIA Journal e reproduzido pelo InfoSign com a permissão da SGIA (this article first appeared in the SGIA Journal and is reprinted with permissions from the SGIA).
Imprimax realiza curso de envelopamento em outubro
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 03/10/2014
A Imprimax, fabricante nacional de películas adesivas, realizará um treinamento de aplicação de vinil e introdução ao Power Revest (envelopamento líquido), nos dias 22 e 23 de outubro, das 9h às 18h.
O objetivo do curso é capacitar profissionais a trabalhar com envelopamento de carros. Nas aulas (práticas e teóricas), serão apresentadas técnicas de aplicação e uso de materiais como vinis automotivos e Power Revest.
O participante receberá:
- certificado de participação do curso;
- bobina de 25m x 1,22m de Gold Tuning;
- ¼ de Power Revest (lata);
- maleta "kit adesivador".
O curso ocorrerá na sede da Imprimax: rua Karan Simão Racy, 49 – km 11 da via Anchieta – São Paulo.
As vagas são limitadas e as inscrições vão até o dia 20 de outubro. Para se inscrever, entre em contato pelo e-mail treinamentos@imprimax.com.br.
Roland DG é listada na divisão Prime Market da bolsa de Tóquio
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 21/06/2022
A fabricante Roland DG passa a compor o seleto grupo “Prime Market” da bolsa de valores de Tóquio. A homenagem é reservada a empresas com altos níveis de governança e que sejam investimentos atrativos para investidores institucionais e estrangeiros.
“Isso nos coloca lado a lado das maiores e mais conhecidas empresas japonesas”, afirma’ Anderson Clayton, presidente da Roland DG no Brasil. Para aumentar os investimentos de todo o mundo e revigorar a economia japonesa, a Bolsa de Tóquio reestruturou em 4 de abril o seu mercado em três segmentos: Prime, Standard e Growth. O Prime concentra as companhias com competitividade internacional que mantêm uma alta qualidade de governança corporativa e estão comprometidas com o crescimento sustentável.
O critério de seleção do Prime é mais rigoroso do que o da Primeira Seção, a categoria superior na estrutura anterior. O mercado Standard foi criado para empresas com expectativa de crescimento estável, apesar de sua menor capitalização de mercado em comparação com o mercado Prime. O Growth é focado nas startups com alto potencial de crescimento, apesar dos riscos de investimento relativamente altos.
A competição entre as bolsas em todo o mundo está se acirrando. A Federação Mundial de Bolsas de Valores afirma que a capitalização de mercado das companhias listadas na Bolsa de Valores de Tóquio totalizou mais de 6,1 trilhões de dólares no final de fevereiro.
Fonte: Roland DG Brasil
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