Aplicação de vinil adesivo: a seco ou úmida
Na hora de adesivar vinis, em uma parede ou ao fazer o envelopamento de carros, os profissionais de instalação e aplicação deparam-se com uma dúvida elementar: usar método úmido ou a seco?
A diferença entre eles é a presença (ou não) de água, elemento cujo objetivo é criar uma "película" entre o adesivo (cola) e a superfície. A água diminui a aderência (tack) inicial do adesivo. Isso facilita a aplicação, pois o adesivo fica com menos área de contato com a superfície.
Na aplicação úmida, é possível reposicionar o vinil até que o aplicador encontre a posição correta da película. No método a seco, como a aderência é total, não é possível fazer o reposicionamento do vinil.
Cada método tem prós e contras, resumidos a seguir:
Vantagens | Desvantagens | |
Aplicação úmida | - Baixa adesão do adesivo (cola) à superfície; - Reposicionamento total do vinil; - Facilidade nos encaixes entre vinis. | - Adesão inicial mais demorada; - Elevado tempo de instalação (em função da secagem da água); - Necessário ambiente adequado para trabalhos com água; - Limitado a superfícies planas ou curvas simples. |
Aplicação a seco | - Não precisa de tempo adicional antes do acabamento; - Poder ser usado em qualquer superfície. | - Necessário uso de fitas de posicionamento da imagem; - Alta aderência do adesivo (cola) à superfície; - Difícil reposionamento. |
A seco ou úmida
Uma pergunta bastante frequente é: Qual método devo utilizar? Para obter a resposta, você vai precisar saber o tipo de superfície sobre a qual será aplicado o vinil adesivo.
O método a seco é indicado para qualquer tipo de superfície. Já o úmido é indicado apenas para superfícies planas ou com curvaturas simples.
A pergunta seguinte é: Por quê? Porque, ao aplicar o método úmido em superfícies complexas (com curvaturas compostas e baixos relevos), não é possível remover toda a água utilizada no processo. Ou seja, o trabalho deixa resíduos entre o adesivo e a superfície, formando microbolhas de água — imperceptíveis após a aplicação.
Quando o vinil aplicado é submetido ao calor (do sol), as microbolhas levantam o vinil, que resseca com o tempo e acaba rompendo-se, causando estragos irrecuperáveis à imagem. Portanto, ao facilitar a aplicação, corre-se o risco de prejudicar todo o trabalho.
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Texto originalmente publicado com exclusividade no InfoSign, no dia 27 de junho de 2013. Eduardo Yamashita é consultor técnico especializado em vinis, envelopamentos de carro e comunicação visual.