Conheça os materiais têxteis que podem ser estampados com processo sublimático
As facilidades de importação e as ofertas da indústria brasileira têxtil impulsionam, atualmente, o mercado de tecidos sintéticos. São materiais que podem receber estampas sublimadas e, embora, haja grande disponibilidade deles, nem todos são recomendados para a impressão por sublimação. Portanto, este artigo ajuda você a reconhecer os principais produtos e classificá-los de acordo com suas composições e aplicações.
Tecidos PP (100% poliéster e diversas gramaturas)
Conheça os materiais têxtil totalmente compostos por poliéster:
- Flamê: malha mais leve que aparenta ter certa transparência. Bastante utilizada para camisetas.
- Devorê: malha mais leve que, devido ao processo de desgaste que sofre em sua produção, tem algumas partes mais fechadas e outras mais abertas, o que confere efeito diferenciado quando sublimada. Muito utilizada para camisetas.
- Crepe: trata-se de um tecido mais nobre e que confere acabamento superior. É muito utilizado para roupas femininas com toque diferenciado. Há variações de Crepe, porém uma característica marcante em todos elas é o alto grau de encolhimento.
- Oxford: mais barato, serve para a confecção de painéis de aniversário e comunicação visual em geral, pois é bem resistente e aceita muito bem a sublimação.
- Tactel: muito utilizado para bermudas e almofadas. Tem um toque menos nobre e apresenta encolhimento quando sublimado.
Poliéster com Elastano
Trata-se de uma composição muito utilizada para a composição de peças de vestuário que precisam de um caimento mais colado ao corpo ou para exposição ao calor com menor grau de aquecimento. Conheça os tipos:
- Suéde, Neoprene e Suplex: muito utilizados para calças legging e bodys, pois não apresentam transparência e dão muita mobilidade às peças de vestuário.
- Dry Fit: classificado como malha fria, pois não esquenta muito. É bastante utilizado em materiais esportivos, como camisas de futebol e roupas para academia e pesca. Existem variações de qualidade e gramatura, como o Tecno Dry. Outros tipos são: Helanca, Helanca Light, Helanquinha e Cacharrel, que apresentam características próximas ao Dry fit.
- Chiffon: caracteriza-se por conferir transferência às peças de vestuário, além de ser muito utilizado em painéis de aniversário e comunicação visual.
- Cetim: muito utilizado em peças que precisam de um toque de ceda. Também é utilizado em forros de vestidos e ternos.
PA (Poliéster com Algodão)
Há várias composições, como 50% P/50% A e 70% P/30% A. A principal característica do PA depois de sublimado é não ter 100% de nitidez, pois apenas os fios de poliéster serão estampados. Isso altera a característica de toque, tornando-o mais “pesado”.
PV (Poli Viscose ou Poliéster com Viscose)
Existem alguns percentuais diferentes para cada tipo de fio. Para esses casos, recomenda-se ter muito cuidado e realizar testes antes de sublimar toda aa produção, pois a viscose pode apresentar manchas ao lavar.
Recomendações gerais
Quanto ao processo, recomenda-se testar sempre os tipos diferentes de tecidos antes de efetuar o corte. É necessário analisar a estrutura dos tecidos quanto ao grau de encolhimento. Por exemplo, a sublimação no crepe deve ser aplicada com tempo e temperatura inferiores aos utilizados em outros tecidos.
Ao estampar PA e PV, recomenda-se, após o teste de sublimação, submeter o tecido a uma lavagem para verificar o resultado de cor e manchas.
No caso dos tecidos que sofrem encolhimento ao serem expostos à temperatura (principalmente os materiais com elastano), após definido o percentual de encolhimento nos testes, recomenda-se executar o pré-encolhimento por até oito segundo e com a temperatura do serviço. Depois de encolhido, realize a transferência sublimática.
Alguns tecidos podem ter elastano (ou não). Para ter a certeza da composição, recomenda-se pedir para ver a etiqueta do fabricante no ato da compra dos materiais.