Impressão digital ganha destaque no relatório de tendências globais da Drupa

Por Luiz Ricardo Emanuelli em 07/03/2014

Maior feira de impressão do mundo, a Drupa, cuja próxima edição ocorrerá de 31 de maio a 10 de junho de 2016, em Dusseldorf (Alemanha), comprometeu-se a publicar uma série de estudos sobre tendências e mudanças no mercado internacional de impressão.

Acaba de ser lançado o Drupa Global Trends, primeiro relatório da organização, cujos resultados têm como base pesquisas realizadas com um grupo de executivos de gráficas, fornecedores e consumidores de impressão de todo o mundo.

Realizada no fim de 2013, a pesquisa contou com aproximadamente 2.500 tomadores de decisão de 119 países; 58% deles eram de gráficas, 21%, de fornecedores e 21%, de clientes finais.

O documento revela um número de tendências críticas compartilhadas por todas as regiões econômicas e por todos os segmentos de impressão.

De acordo com a Drupa, 65% das gráficas no mundo usam impressão digital

De acordo com a Drupa, 65% das gráficas no mundo usam impressão digital

O relatório confirma que há uma grande transformação estrutural em curso na indústria mundial de impressão, juntamente com a ocorrência de margens mais apertadas. Além desses, há outros pontos de grande destaque no estudo:

  • Há sinais claros de que as condições econômicas mundiais estão melhorando. Consequentemente, a indústria global de impressão planeja aumentar seus investimentos nos próximos 12 meses. A América do Norte está na liderança, pois acelerou o ritmo de grandes transformações ao investir pesado em tecnologia, TI e novos serviços. Nos países emergentes, o aumento da demanda é a razão para o crescimento;
  • A atividade de impressão está se transformando de indústria de produção em massa para ramo prestador de serviços. É evidente a demanda por novas soluções e modelos de negócios que reflitam as novas necessidades dos clientes;
  • A impressão digital está cada vez mais presente no parque gráfico. Entre os provedores de serviços de impressão, 65% usam tanto métodos convencionais quanto digitais, e um terço das gráficas comerciais obtem um quarto ou mais de suas rendas por meio da impressão digital. Mas a tecnologia convencional continua a ser um importante pilar para o setor.

O primeiro relatório da Drupa oferece uma avaliação inicial do estado atual da indústria de impressão. A fim de monitorar as tendências em curso, a pesquisa será repetida anualmente. Além disso, a Drupa publicará uma série de relatórios com insights para oferecer análises detalhadas sobre tópicos de relevância para a indústria.

A Drupa também está desenvolvendo uma pesquisa sobre os impactos da internet na indústria de impressão, que será lançado em 2014. O objetivo será apresentar os efeitos causados pelo e-commerce, marketing digital, comunicação de massa e TI. E mostrará como as estratégias e os modelos de negócios precisam ser adaptados.

Fonte: What They Think



Características e funções do liner (usado em vinil adesivo)

Por Eduardo Yamashita em 10/01/2013

O liner é parte essencial dos vinis adesivos usados em diversas atividades do mercado de sinalização e comunicação visual, entre elas, o envelopamento de carro e a adesivação de paredes e móveis. Ele é constituído por um material base, que pode ser revestido (para o controle da aderência do adesivo) em um ou ambos os lados.

A função do liner é controlar a estrutura superficial do adesivo, protegê-lo de sujeira e contaminação, além de influenciar no comportamento do filme durante a sua aplicação.

Tipos de liner

Sintéticos: podem ser feitos de poliéster ou poliolefinas (e em diferentes espessuras). Os liners sintéticos são mais “suaves”, fáceis de deslizar, impermeáveis ​​à umidade e têm melhor planicidade. Esta é uma das razões pelas quais eles funcionam melhor em plotters de recorte. Porém, deve-se tomar cuidado com o acúmulo de estática, que dificulta o manuseio do liner.

De papel: podem apresentar diferentes gramaturas e ter vários tipos de revestimentos. Os mais comuns são compostos de plásticos e/ou soluções químicas. Conheça alguns:

- Comum: relativamente pesado e sem revestimento, usado para etiquetas.

- Revestido: de baixo deslizamento, usado em películas autoadesivas para impressão a jato de tinta ou eletrostática. O revestimento impede que a umidade e o calor afetem o liner e ajuda a mídia a ser alimentada na impressora ou laminadora.

- Revestido de polietileno em ambos os lados: muito comum, tem superfície plana. Pode ter uma microestrutura que dá à superfície do adesivo um ou mais formatos microscópicos. As formas superficiais influenciam o desempenho do adesivo, independentemente da sua construção química.

- Revestido de polietileno com uma película de plástico na parte de trás: a película de plástico impede tintas e toners de atravessarem o liner. Este tipo de liner é encontrado em películas autoadesivas perfuradas.

liner vinil adesivo

O liner controla e protege o adesivo

Desempenho do liner

A tabela abaixo classifica os revestimentos em relação ao desempenho. Forros similares são agrupados dentro de um mesmo bloco:

Classificação Custo inicial Estabilidade dimensional Recorte eletrônico Impressão digital Transparência Resistência à água

Melhor

 

 

 

 

Pior

Papel comum Plástico Plástico espesso Papel comum Plástico Plástico
Papel com filme plástico  -  Papel revestido  -   -   - 
Papel revestido Papel revestido Papel comum  -   -  Papel revestido
Plástico Papel comum  -   -   -   
 -   -  Plástico fino Papel revestido; Plástico Papel revestido; Papel com filme plástico; Papel comum Papel comum

 

Custo versus valor

O custo de uma película com liner plástico pode ser maior. No entanto, é mais fácil de recortá-la e remover o excesso de filme após o corte, o que aumenta a produtividade e compensa a diferença de custo.

Estabilidade dimensional

A boa estabilidade dimensional mantém o tamanho e a forma tanto do liner quanto da película. Portanto, durante o processamento, eles ficam planos e em registro.

Quando o papel absorve a umidade, ele aumenta de tamanho. E quando perde, ele diminui. Esta mudança ocorre quando as condições ambientais oscilam. Então, recomenda-se mantê-las sempre controladas.

As mudanças ambientais também podem causar outros problemas no liner, como levantamento das pontas (bordas), ondulações, enrolamentos, defeitos de impressão e problemas de registro durante a impressão ou recorte.

Tenha em mente que o papel absorve ou emite umidade, que afeta as bordas e as camadas exteriores de rolos e as “primeiras” folhas empilhadas. O revestimento no papel retarda esse processo, mas as bordas ficam sempre vulneáveis.

O transporte e o armazenamento dos rolos e imagens embrulhados em plástico também retardam a taxa de variação da umidade.

Plotter de recorte

Siga algumas considerações na hora de escolher a película (e o liner) para o recorte:

  • O plástico não absorve umidade e permanece mais plano na área de corte do equipamento;
  • O papel revestido pode ser recortado desde que as condições ambientais estejam controladas;
  • A profundidade do corte deve ser controlada no liner de papel revestido. Se ela for grande, o liner pode se separar de modo indesejado.

Impressão do liner

O liner de papel pode ser impresso (com flexografia) na parte traseira. A maioria das tintas não adere tanto ao papel revestido como no plástico. A impressão do liner é feita para adicionar o número lote de produção ou para customizar o nome da empresa ou projeto.

Marcas superficiais

Quando a película de vinil “prensa” contra a parte de trás do liner, podem surgir marcas superficiais. A quantidade e a intensidade das marcas são provenientes de fontes diversas. Liners de papel causam a maior distorção por terem mais textura. Já os liners sintéticos são de textura suave, o que causa menos distorção. Um liner mal desenhado pode marcar toda textura na parte face do filme.

Quando o vinil esquenta, ele amolece, tornando-se mais suscetível a marcas superficiais.

Como o filme é enrolado sobre um suporte (tubete), às vezes, as camadas mais externas ficarão livres de marcas, que podem aparecer quando se chega mais perto do suporte. Isso porque a película autoadesiva é enrolada com mais força.

A “cura” das marcas superficiais ocorre quando se aquece o vinil de modo que ele amoleça e faça as marcas desaparecem.

***

Texto editado e publicado pelo InfoSign no dia 10 de janeiro de 2013.

Sobre o autor: Eduardo Yamashita é consultor técnico especializado em vinis, envelopamentos de carro e comunicação visual.

 



Graphics One (GO) lança impressora de sublimação

Por Luiz Ricardo Emanuelli em 27/01/2013

RIO 900: novidade da Graphics One para o mercado de sublimação

RIO 900: novidade da Graphics One para o mercado de sublimação

Depois de lançar a sua própria tinta para sublimação, a Graphics One (GO), fornecedora norte-americana de equipamentos e suprimentos para impressão digital, passa a vender no mercado internacional a GO Rio 900X, impressora digital para sublimação.

Baseada no modelo RJ-900, da Mutoh, a máquina tem um metro de largura de impressão e trabalha com quatro cores (CMYK). Vem com sistema melhorado de manipulação de substratos, que conta com um novo controle de pressão, permitindo ao usuário ajustar a pressão exercida sobre as mídias. Além disso, possui um sistema de recolhimento automático de substrato.

Segundo a empresa, a GO Rio 900X trabalha nas resoluções de 360, 540, 720, 1440 e 2880 dpi. Utiliza tecnologia de pontos variáveis e cabeça de impressão que dispara gotas de 3,2 picolitros e usa tecnologia "i2″, que elimina problemas de banding.

A impressora oferece configurações para trabalhar com tintas sublimáticas, papéis transfer, prensas térmicas e tecidos de poliéster. Portanto, pode ser usada para a sublimação em: camisas esportivas, camisas de poliéster, banners, bandeiras, itens promocionais (como canecas, mouse pads, cordões, bolsas, cases de neoprene para celulares e laptops), cerâmicas e azulejos revestidos.

A tinta GO NeoTack, recomendada para uso na GO Rio 900X, tem uma tecnologia patenteada que dispensa papéis revestidos, além de ser oferecida em cores neon.

O RIP usado na impressora é o Wasatch, que processa imagens complexas e pode trabalhar simultaneamente com três impressoras.

Fonte: GO. Texto: InfoSign



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