Software de dados variáveis é lançado pela Colorgate
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 20/02/2013
A Colorgate, desenvolvedora europeia de softwares gráficos, acaba de anunciar o VDP Creator, aplicativo para gestão de dados variáveis em impressos. O programa atende a birôs e gráficas digitais especializadas em impressão de grande formato, com tiragens pequenas e médias.
Segundo a empresa, o VDP Creator possui interface gráfica intuitiva e permite a criação de trabalhos com elementos estáticos e variáveis (como bancos de dados). Com o aplicativo, o usuário pode gerenciar layouts com diversos textos, imagens, gráficos (transparências e sobreposições) e códigos de barras, por exemplo.
O software suporta arquivos com diversas extensões (TIFF, PDF, PS, EPS, EPSF, BMP, PDF, JPEG, WMF, PNG e GIF) e formatos de saída como PostScript, PDF e PDF/VT-1.
A fornecedora ressalta também que o VDP Creator trabalha em harmonia com o software RIP Colorgate e com soluções como o Productionserver 7, Filmgate 7 e Photogate Proofgate 7.
Fonte: Colorgate. Texto: InfoSign
Cobertura Fespa Brasil 2016 – Parte 1: Impressoras digitais
Por Luiz Ricardo Emanuelli em 11/04/2016
A edição de 2015 da Fespa Brasil havia deixado um sinal claro e indelével: a impressão digital têxtil estava em franca ascensão no mercado brasileiro. Novos fornecedores, equipamentos e tecnologias chegavam para tomar espaço de processos consolidados, como a impressão solvente, e para ser uma presença cada vez mais cativa em segmentos ainda pouco explorados pela impressão inkjet de grande formato, como a indústria de fabricação de tecidos.
Um ano depois, na Fespa Brasil 2016, que ocorreu entre os dias 6 e 9 de abril, o potencial auspicioso parece estar se concretizando. Isso foi demonstrado pela copiosa presença de equipamentos e materiais para estamparia têxtil digital exibida durante a feira. Dessa pluralidade fazem parte as já conhecidas tecnologias de impressão sublimática e, em menor medida, a UV e a látex, cujos sistemas são adaptados também para imprimir em determinados tipos de tecidos para sinalização e decoração.
Há também as tecnologias de impressão direta que empregam tintas reativas, dispersas, ácidas ou pigmentadas. Embora mais abundantes, esses sistemas de impressão de grande formato podem ser considerados basicamente incipientes no país. São indicados a grandes indústrias têxteis e requerem investimentos igualmente proporcionais. Também exigem o domínio de técnicas e processos auxiliares relativamente complexos de pré e pós-tratamento. Mas se essas características significam certas barreiras para a adoção da tecnologia, é possível perceber que ela ainda tem muito a se desenvolver e evoluir. Ou seja, há potencial e muito espaço para trabalhar. Portanto, podemos esperar muitos desdobramentos relativos à impressão digital têxtil.
Para você que visitou a feira ou para quem não conseguiu prestigiar o evento, o InfoSign, veículo parceiro da Fespa Brasil, preparou uma cobertura completa, dividida em seções, a começar por esta, que trata especialmente de impressoras de grande formato.
Impressão têxtil (direta e sublimática)
A Sign Supply investiu em uma divisão têxtil, a Digitex, para prover soluções específicas para o mercado de tecidos. Entre as iniciativas do novo braço da empresa está a distribuição de impressoras sublimáticas da DGI, como a HS FTII e a FT-1604X. A primeira tem 1,8m de largura, ao passo que a segunda apresenta largura de 1,6m.
Além de expor impressoras UV, a Mimaki apresentou suas principais impressoras sublimáticas da linha JV, que contempla o modelo JV300, capaz de trabalhar na velocidade máxima de 112,5m²/h. A Mimaki também foi representada por distribuidores como a TS2, que esteve na Fespa Brasil 2016 para exibir soluções da fabricante japonesa e outras marcas.
Fabricante, a J-Teck também esteve presente na feira para apresentar seu portfólio de produtos têxteis, entre eles a linha de insumos sublimáticos com cores fluorescentes. No estande da empresa, o visitante também pôde conferir a impressora Papyrus, fabricada pela D.gen, parceira da J-Teck no Brasil.
Embora tenha apresentado impressoras digitais de tecnologias variadas, a Roland DG destacou em seu estante dois novos modelos sublimáticos da nova série Texart, o RT-640 e o XT-640. A primeira pode trabalhar na velocidade de 48m²/h, em 4 cores. Já a XT-640 é mais produtiva e pode imprimir na velocidade de até 102m²/h, em 4 cores. Os dois equipamentos podem empregar tintas light, laranja e violeta, para aumentar a gama de cores reproduzíveis.
Além de apresentar um de seus principais modelos de impressoras sublimáticas, a Metalnox lançou na Fespa Brasil 2016 a prensa térmica 12000 Smart, modelo semiautomático com sobreposição de bandejas de 70cm x 110cm, no qual é possível obter uma redução de layout de até 30%.
Especializada em prover soluções para o mercado têxtil, a distribuidora Global Química apresentou na Fespa Brasil 2016 produtos de diversas marcas, como as tintas Xennia e Sensient e as impressoras da Epson. A empresa também apresentou materiais usados para sofisticação, como foils, glitters e pastas especiais.
A EFI, que adquiriu recentemente a Reggiani, fabricante de equipamentos para estamparia têxtil, apresentou a ReNOIR Next, impressora industrial de entrada que pode ser alimentada por papel ou tecidos. Com o modelo de 3,4m de largura, é possível trabalhar na velocidade de até 440m²/h, em resolução de 150 x 600dpi.
Embora não tenha instalado em seu estande nenhuma impressora, a SPGPrints esteve presente na feira para mostrar suas soluções têxteis. Além de equipamentos, a empresa fornece tintas da marca Nebula, composta por insumos sublimáticos, reativos e dispersos compatíveis com cabeças Kyocera.
A fabricante italiana MS Printing esteve novamente na Fespa Brasil e destacou a MS JP4, impressora com sistema rolo a rolo e largura de 1,8m. O equipamento pode trabalhar na velocidade máxima de 180m2/h e resolução de 600dpi.
A Dystar foi outra fornecedora de tintas têxteis presente na Fespa Brasil 2016. Com sede em Cingapura, a empresa apresentou ao público brasileiro a série Jettex, composta por insumos para impressão sublimática e direta (reativa, ácida e dispersa).
Outra fabricante presente na exposição foi a Swiss Performance Chemicals. Com base na Suíça, a empresa desenvolve e produz insumos para sublimação e impressão direta. Além disso, provê soluções para preparação e acabamento de tecidos.
Além de assistência técnica especializada em equipamentos de grande formato, a Fix Impressoras vende a série de tintas sublimáticas Royal, demonstradas na exposição. Os insumos são compatíveis com cabeças Epson DX.
Além do modelo Epson F2000 no estande da Global Química, algumas outras impressoras garment, usadas para estampar camisetas, também foram expostas, como a Tex Pro, no estande da IGS.
Impressão UV
Dona de um amplo portfólio de equipamentos, a Mimaki destacou na feira a SIJ-320UV, impressora UV LED rolo a rolo com largura de 3,2m. A máquina é indicada para produção volumosa de materiais para comunicação visual.
No estande da Ampla, fabricante nacional, o destaque ficou por conta da New Targa XT LED UV, impressora que tem entre seus recursos a AmplaSmart, tecnologia para monitoramento em tempo real das principais operações do equipamento. A máquina também apresenta o sistema AntiReverse, desenvolvido para dar maior estabilidade na alimentação das mídias. A Ampla também esteve presente no estande da VinilSul, onde uma unidade da New Targa XT Solvente havia sido instalada.
A VinilSul também apresentou, em parceria com a Durst, a Rho P10 160, impressora UV que emprega 10 cabeças de impressão e pode trabalhar com mídias rígidas ou flexíveis em velocidade de até 100m²/h.
Além de diversas soluções para sinalização e comunicação visual, a Akad exibiu a NovaJet UV M6, que emprega cabeças Ricoh Gen5. Plana, a máquina tem área de impressão de 2,5m x 1,22m e pode trabalhar com opcionais como tinta branca e verniz.
No estande da Alphaprint o destaque ficou por conta da EFI H1625 LED, uma impressora híbrida de produção de nível médio. Além do padrão CMYK, a máquina trabalha com tinta branca para estampar mídias substratos flexíveis e rígidos de até 165cm de largura e 5cm de espessura.
A BR Group veio para a feira com um portfólio composto por impressoras ecossolvente, solvente, sublimática e UV. O lançamento da empresa para a Fespa Brasil 2016 foi a Jet Slim, impressora UV LED de entrada, com sistema rolo a rolo, largura de 1,6 ou 1,8m e conjunto de quatro cores (CMYK).
Já a Triangle, parceira da BR Group, também apresentou seu portfólio de tintas, entre as quais a ESC (ecossolvente compatível com a linha Epson SureColor), a ESD (ecossolvente compatível com cabeças de impressão Epson DX) e a FUS (UV para diversos modelos de impressoras de grande formato).
A Mutoh esteve presente na feira com estande próprio e também com a parceira Sign Supply. Entre os destaques da fabricante esteve a VJ 426, impressora UV de mesa indicada para estampar objetos promocionais, embalagens e peças diversas de sinalização.
Impressão látex
A impressão látex foi representada pela HP. No estande da fabricante, o visitante pôde conferir a linha HP Latex 300, terceira geração da tecnologia fabricada pela empresa. Três modelos compõem a série. A HP Latex 310 tem largura de 1,37m e trabalha na velocidade máxima de 48m²/h. Já a HP Latex 330 é maior, com 1,62m, e pode produzir a 50m²/h. O modelo mais avançado da família é o HP Latex 360, cuja velocidade máxima é de 91m²/h e acompanha eixo de recolhimento.
Impressão solvente
A grande novidade da Fespa Brasil 2016 na categoria de impressoras ecossolvente foi a SureColor S40600, da Epson, que embora não tenha participado com estande próprio, foi representada por expositores como a VinilSul e a T&C. A S40600 apresenta largura de 1,6m e emprega quatro cores e uma cabeça de impressão PrecisionCore. A máquina pode trabalhar na velocidade máxima de 58m2/h ou na resolução máxima de 1.440dpi.
A Glitter também aproveitou a feira para mostrar sua impressora solvente recém-lançada, a GEPF1927. Com largura de impressão de 1,9m, o equipamento pode empregar uma ou duas cabeças Epson DX. A empresa também tem em seu portfólio impressoras UV e sublimáticas, além de prensas térmicas e máquinas a laser.
Outra fornecedora de impressoras solvente presente na Fespa Brasil 2016 foi a Imprimiprinter, cujo catálogo é composto pelos modelos Jet Printer 16W1 e Jet Printer 18W1. As máquinas podem opcionalmente utilizar tintas sublimáticas.
Envelopamento de carro: dicas para uma aplicação profissional
Por Eduardo Yamashita em 28/11/2015
É fato: o grande público está apaixonado pelo envelopamento de carros. Personalizar, proteger e diferenciar o próprio veículo, para deixá-lo com aparência fosca, brilhante, supercolorida ou mutante: a febre veio mesmo para ficar. E, além disso, não podemos esquecer a adesivação de veículos corporativos, que sempre foi um belo filão do mercado de comunicação visual — e também está em franca expansão.
Envelopamento de carro: adesivação de retrovisor (passo a passo) Envelopamento de carro: adesivação de porta (passo a passo)A evidência e o crescimento fazem com que mais profissionais entrem e passem a competir no segmento, o qual podemos dividir em três núcleos de empresas:
- Fornecedoras de materiais: fabricantes e distribuidores de vinis e películas adesivas e acessórios para a aplicação, como sopradores térmicos e espátulas;
- Adesivadoras: empresas ou profissionais que fazem a instalação das películas sobre a superfície dos veículos;
- Clientes: consumidores e empresas que solicitam e compram o envelopamento de carro.
Se você faz parte de algum desses grupos, confira as dicas abaixo. Elas tratam tanto da escolha quanto da aplicação correta no envelopamento de carro.
Tipo de vinil
Para saber de antemão qual será o comportamento da película adesiva (vinil) na superfície a ser adesivada, você tem que conhecer as seguintes variáveis:
Filme de PVC:
- Calandrado (mais espesso): use em superfícies planas e curvas simples;
- Cast (mais fino): use em todos os tipos de superfícies (planas, curvas simples, compostas, baixos relevos).
Adesivo:
- Sensível à pressão (adere muito fácil à superfície): use para superfícies planas e curvas simples. Recomendado o método de aplicação úmida;
- Ativado por pressão (a adesão inicial é menor): use para todas as superfícies. Método recomendado: aplicação a seco.
Tipo de imagem
Há uma série de películas coloridas (com ou sem textura) disponíveis no mercado. Também existem as películas brancas sobre as quais pode-se imprimir imagens por meio de impressoras digitais. Nesse caso, atente-se ao solvente da tinta: ele deve estar totalmente seco (evaporado). Saiba também que ele pode agredir o filme de PVC e, em alguns casos, o adesivo.
Tipo de superfície
O envelopamento de carro contempla superfícies bem irregulares e curvas complexas (que exigem habilidade do adesivador). E antes de aplicar a película, não deixe de checar a ancoragem (adesão) da pintura (verniz e tinta) em toda a extensão da lataria. Se ela não estiver adequada, nem pense em começar a aplicação. No caso de metais sem pintura, verifique se não há oxidação, que também atrapalha o envelopamento.
Limpeza da superfície
Para a adesão adequada da película, a superfície deve estar limpa, ou seja, isenta de elementos que diminuam a ancoragem do adesivo. Veja exemplos de contaminantes: graxa, gordura, óleo, silicone, poeira, fiapos de pano, entre outros. Para a limpeza, use:
- Água e detergente neutro: remove poeira e fiapos;
- Solventes: retira graxa, gordura, silicone, óleo, piche. Exemplos: álcool comercial (para plásticos, em geral), álcool isopropílico (para vidros) e desengraxante comercial (para superfícies pintadas e metais);
- Removedores de adesivos: remove colas deixadas por outras películas autoadesivas.
Dica importante: tente começar a aplicação logo em seguida da limpeza. Não espere. Nesse meio tempo, a superfície pode ser novamente contaminada por sujeira.
Aplicação da película
Em superfícies complexas (como as encontradas no envelopamento de carros), a aplicação deve ser a seco. No método úmido, vestígios de água permanecerão entre o adesivo e a superfície — o que formará bolhas. Nessa hora, o uso de ferramentas adequadas ajuda muito na instalação:
- Fita crepe: para posicionar a imagem. Dispositivos com imãs também podem ser usados nesta etapa;
- Espátula: para aplicação do vinil. Muitas vezes, é necessária uma proteção na espátula para não riscar a imagem;
- Estilete e lâmina: para refilar a imagem. O corte da lâmina deve estar afiado, para evitar riscos na superfície do veículo;
- Furador de bolhas: para remover as bolhas deixadas na aplicação. O estilete não é a ferramenta adequada nessa operação. Deve-se usar agulhas, porque elas perfuram o vinil, e não causam cortes;
- Soprador térmico: para “moldar” o vinil adesivo nas curvas complexas.
Checklist
Para cada envelopamento de carro, antes e depois da aplicação, recomenda-se fazer um checklist. Ele registra as evidências de cada trabalho, para futuros problemas ou para o fornecimento de uma garantia ao cliente. Esse documento deve conter todas as condições iniciais do veículo, bem como os materiais utilizados — e até fotos do trabalho finalizado.
Texto originalmente publicado com exclusividade no InfoSign, no dia 28 de novembro de 2012.
Sobre o autor: Eduardo Yamashita é consultor técnico especializado em vinis, envelopamentos de carro e comunicação visual.
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